1550 - CEIANDO COM UM RISHI...

1550 ceiando com um rishi
 
 
CEIANDO COM UM RISHI...
(Uma Assistência Espiritual na Noite de Natal)
 
- Texto Postado Originalmente na Lista Interna do Grupo de Assistência Espiritual da Salinha do IPPB.
 
Olá, amigos.
É noite.
Eu e o Rama (1) estamos aqui em casa...
E escrevo essas linhas para registrar o momento espiritual.
Ainda agora, eu estava no sofá da sala, meditando (o Rama encostado em mim).
Rolava no meu som um belo CD de cítara.
Então, eu tive uma visão espiritual pelo chacra coronário (2).
A imagem que vi era simbólica, projetada por alguém invisível em minha tela mental interna. Tratava-se de uma enorme coluna de fogo descendo da abóbada celeste.
Dentro dela, à frente, a imagem de Shiva (3), um pouco atrás, a Mãe Parvati e de cada lado dela, seus filhos Ganesha e Kartikeya.
Imediatamente, entrei num estado alterado de consciência...
Daí alguém invisível se comunicou telepaticamente comigo e me disse:
“Irmão, une o seu Ser ao Alaya (4) universal!
Respire o prana (5) serenamente...
Ore ao Senhor e entre na sua coluna de fogo vivo de Ananda (6).
Há mãos de Luz agindo invisivelmente sobre você nesse momento.”
Então, eu orei e agradeci ao Alto, por tudo. Fiz isso em Espírito e Verdade.
Para minha surpresa, surgiu a imagem do rosto de um querido amigo extrafísico (que tem me ajudado muito ao longo dos anos e que gosta de permanecer no anonimato).
Ele acenou para mim e, pelo seu olhar, veio uma onda de Amor sereno.
Logo atrás dele, numa espécie de portal luminoso, estava um cavalo branco (7).
A seguir, fui envolvido numa massa de energia rosada (de forma ovalada).
Envolvido por essa atmosfera espiritual, fui tomado por uma serenidade e um contentamento interno admiráveis.
A essa altura, o meu foco de atenção voltou-se para o ambiente aqui da sala...
E, ali estava ele, em pé, na minha frente. Ele, um rishi (8), presença veneranda e amiga, o causador daquelas visões extrafísicas. Ele, que não quer nenhuma descrição sobre a sua personalidade. Ele, o Amor em forma de homem!
Então, uma surpresa: um espírito trevoso foi colocado no sofá, sentado ao meu lado. Ele estava contido dentro de um campo energético e se debatia, tentando fugir.
Quando ele notou que eu o vi, tentou mudar de forma várias vezes, mas sem resultado.
Tratava-se de um assediador extrafísico (9) que engana as pessoas, tomando diversas formas. A sua aparência era como a de um diabão. Imediatamente, eu o identifiquei como um obsessor de religiosos (especificamente católicos). Eu também soube que ele havia sido tirado de perto de uma pessoa conhecida minha, que, provavelmente, discutiria comigo se eu ligasse e dissesse o que estava rolando).
Aproveitei a onda de Amor que estava aqui e orei por esse espírito e pela pessoa ao qual ele estava obsidiando e projetando ideias de discórdia e ilusões variadas.
Nisso, o cara se debatia muito...
Ele e seus comparsas de maldade fazem parte de uma falange chamada “Os Reis da Enganação”. São craques em mudança de aparência e especialistas em projetar miragens psíquicas nas mentes de suas vítimas.
Até que, sob a ação daquela atmosfera espiritual sadia, ele adormeceu e foi levado por mãos invisíveis...
À minha frente, o venerado rishi me olhou com tanto Amor, que eu, enfim, não me aguentei e comecei a chorar... um choro de Luz!
Então, ele foi sumindo gradativamente, em meio à Luz rosada...
Eu fiquei aqui, lavado nas lágrimas, sentado no sofá, com o Rama colado.
Lá fora, o barulho de fogos e, na rua, uma turma estava discutindo e gritando.
Pensei: “Essa é a minha noite de Natal, com desobsessão e com um rishi aqui.
Eu não troco isso por nada! É Ananda Om!”
 
P.S.:
Hoje, eu fui convidado por amigos para passar a noite de Natal em vários lugares.
Mas, como sempre, preferi ficar aqui em casa com o Rama.
Não ligo muito para isso, é o meu jeito. Mas claro que respeito quem gosta.
Só que fiquei pensando uma coisa: “era para eu ter aceitado o convite dos meus amigos para cear em algum lugar? Ou eles que poderiam estar aqui, junto comigo, “ceando espiritualmente” com um rishi?”
Um dos meus amigos me disse, “cara, você vai ficar sozinho aí? Venha ficar comigo e com a minha família!” (que, aliás, são pessoas que gosto muito).
Eu respondi: “Quem vai ficar sozinho, rapaz? Aqui tem café no bule e sempre aparece alguém!”
Pois é, apareceu o rishi.
E, agora, essa noite ganhou um brilho especial.
Brilho de Ananda.
 
Um abraço a todos vocês.
 
Paz e Luz!
 
- Wagner Borges – comendo o resto do almoço, mas, de alma lavada, aura linda e coração sereno.
São Paulo, 24 de dezembro de 2015.
 
- Notas:
1. Rama é um cãozinho da raça Yorkshire Terrier, de cor escura mesclada com tons claros, atualmente com oito anos de idade. O seu nome é uma homenagem a Rama, um dos maiores avatares da tradição hindu.
Ver o texto “Rama – Um Presentinho da Natureza – IV”, postado no site do IPPB, no seguinte link: http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/1440-rama-um-presentinho-da-natureza-iv
Obs.: Rama – na cosmogonia hinduísta, é o sétimo avatar de Vishnu, o Divino Presevador da Vida. Sua história é contada no épico “O Ramayana”. Ao longo dos séculos, muitos iogues e iniciados tomaram o seu nome em homenagem as suas qualidades, como honra, Amor, generosidade, firmeza de caráter e serviço à Luz.
2. Chacra Coronário – é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito, o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
(A pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal – também chamada de “epífise” – é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo as projeções da consciência para fora do corpo físico).
Obs.: Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete, que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.
(Ver o texto “Chacras e Cura Psíquica – II”, no seguinte link do site do IPPB: http://www.ippb.org.br/bioenergia/chacras-e-cura-psiquica-ii/ - E, para mais informações detalhadas sobre bioenergia, aura e chacras, ver a seção específica no site do IPPB, no seguinte link: http://www.ippb.org.br/bioenergia/).
3. Shiva - na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e Shiva - O Transformador.
Shiva é o Senhor de todas as transmutações na natureza, é o Senhor das energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas, Ele é representado como o "Nataraja", O Senhor da realidade e Dançarino Divino, que faz o universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas imagens o mostram dançando dentro de uma roda (o universo).
Para maiores detalhes sobre Shiva e seus diversos aspectos e simbolismos, favor ver o texto ”Nas Luzes de Shiva, O Mahadeva”- postado no site do IPPB, no seguinte endereço específico:
a href="/wagner/textos-selecionados/nas-luzes-de-shiva-o-mahadeva"><http://www.ippb.org.br/wagner/textos-selecionados/nas-luzes-de-shiva-o-mahadeva/a> i>
Obs.: Parvati é a consorte de Shiva. É a deusa da alegria e da energia. É um dos aspectos fenomênicos da Mãe Divina. É a Mãe de Ganesha e Kartikeya.
O seu mantra é Om Namah Parvatiai (Ou, Om Parvatiye Namah).
Outros aspectos fenomênicos de sua manifestação: Kali, Durga, Devi, Uma,Tripurasundari, Jagadamba.
4. Alaya – do sânscrito – “a Alma do Universo”.
5. Prana – sopro vital; força vital; energia.
6. Ananda – do sânscrito – estado de bem-aventurança; êxtase espiritual.
7. O cavalo branco representa simbolicamente proteção, inspiração e firmeza de propósitos na senda espiritual e humana.
Ver o texto “Assistência Extrafísica com um Cavalo Extrafísico”, postado no seguinte link: http://www.ippb.org.br/textos/1431-assistencia-espiritual-com-um-cavalo-extrafisico
8. Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.
9. Assediador extrafísico – obsessor extrafísico, perseguidor invisível, verdugo extrafísico, espírito trevoso, entidade extrafísica maléfica.
(Alguns desses espíritos se valem da plasticidade do corpo espiritual para plasmarem diversas aparências extrafísicas, com o intuito de enganar visualmente suas vítimas. No entanto, jamais conseguem mudar o seu padrão de energia, que sempre será negativo. Portanto, nesse plano, ou no outro, é melhor não confiar nas aparências, e sim na intuição e na percepção das energias).
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de um texto antigo do Grupo Extrafísico dos Iniciados, onde eles falam de Alaya. Então, para enriquecer esses escritos de hoje, posto o mesmo na sequência.
 
 
VIAJANDO ESPIRITUALMENTE COM ALAYA
 
O Absoluto engendrou uma vestimenta luminosa para o espírito se manifestarem planos variados. Umenvoltório diáfano envolve o ser espiritual e conecta sua atividade psíquica ao psiquismo do próprio universo.
Ambos estão ligados, de maneiras admiráveis.
Ambos são expressões do Eterno, que em tudo habita.
Alaya, a alma do universo, também está no coração do homem!
E ele está nela!
Tudo isso por obra do Grande Artífice Divino.
Em cada coração, a Luz de Alaya (1).
Em cada ser, o Todo.
A vestimenta de Luz (2) que envolve o Ser é análoga à Luz do Cosmo.
É indumentária sideral, forjada na Luz do Eterno.
Tem o brilho das estrelas e o Fogo Divino em sua estrutura.
Por isso, os hierofantes (3) dos templos herméticos de outrora, ensinavam que o que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima, no milagre de uma só coisa, o Um, o Todo!”
E Krishna, o mestre do darma (4) e da alegria, ensinava aos iniciados iogues de outrora a arte de sintonizar o coração com a estrela prânica (5).
No coração se abre o lótus espiritual do Amor; na estrela prânica se abre o olho espiritual. Na interligação dos dois, a fusão do ser com o universo; a expansão da consciência por Alaya.
E os sábios taoístas da China imemorial, sempre ensinaram sobre a arte de se unir ao Chi, a força vital, para perceber a presença do TAO em tudo.
O Chi Humano e o Chi de Alaya são expressão do TAO, a misteriosa urdidura do princípio vital (6).
Que os estudantes espirituais do presente meditem sobre isso: a união de seu coração com o coração do universo (o coração de Alaya, a alma universal), pois o Todo está em Tudo!
 
- Os Iniciados (7) -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)
 
- Notas:
1. Alaya - do sânscrito - “a alma do universo”.
2. Vestimenta de Luz – metáfora dos Iniciados para designar o corpo espiritual.
Obs.: Corpo espiritual - Cristianismo - Cor. I, cap. 15, vers. 44.
Sinonímias: Corpo astral - do latim, astrum - estrelado - expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente.
Perispírito - Espiritismo - Allan Kardec, séc. 19, na França.
Corpo de luz – Ocultismo.
Psicossoma - do grego, psique - alma; e soma, corpo. Significa literalmente "corpo da alma" - Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, atualmente mais usada pelos estudantes de Projeciologia.
3. Hierofante - dentro do contexto das iniciações esotéricas da antiguidade, era o mestre que testava os neófitos (calouros) nas provas iniciáticas.
4. Darma – do sânscrito, dharma – dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o Bem comum.
5. Estrela Prânica - do sânscrito, prana - a força vital; a energia - no contexto iogue é a estrela espiritual, manifestação do plano divino.
Obs.: Para melhor compreensão dos leitores sobre isso, sugiro a leitura desses dois textos:
- “Na Luz de Krishna - O Amor em Ação”, postado no seguinte link:
http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/1454-na-luz-de-krishna-o-amor-em-acao< -
"A Canção das Estrelas-Bebês", postado no seguinte link:
http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/435-a-cancao-das-estrelas-bebes
6. Tao - do chinês - O Caminho; a Essência de tudo; O Todo.
Na verdade, o Tao não pode ser descrito ou explicado por palavras humanas. Por isso, deixo a cargo do sábio Lao-Tzé uma explicação mais apropriada:
"Há algo natural e perfeito, existente antes de Céu e Terra.
Imóvel e insondável, permanece só e sem modificação.
Está em toda parte e nunca se esgota.
Pode-se considerá-lo a Mãe de tudo.
Não conhecendo seu nome, chamo-o Tao.
Obrigado a dar-lhe um nome, o chamaria Transcendente."
- Lao Tzé - in "Tao Te Ching" – China; Século VI a.C.
Obs.: Chi - do chinês - força vital, energia.
Dentro dos ensinamentos taoístas, a força vital é polarizada na natureza das coisas em dois aspectos fenomênicos: o Yin e o Yang, as alternâncias do Chi, as polaridades da energia.
7. Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente.
Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são “iniciados” em fazer o bem, sem olhar a quem.
 
 

Texto <1550><15/03/2017>

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