O HOMEM QUE NÃO MORREU

- Por Íris Regina Fernandes Poffo -


Já ouvimos, com certeza, a célebre frase do cientista Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Bem, hoje em dia, nós espiritualistas e eternos aprendizes que somos, podemos entender que estas palavras podem ser interpretadas de inúmeras maneiras, inclusive quando se trata das pessoas e de nossos espíritos imortais.

Muito se fala e se publica sobre isso ultimamente, e é bom que isso ocorra, para que haja o despertar de uma consciência maior na mente das pessoas, no sentido de perder o medo da morte e de demonstrar que, na verdade, ninguém morre, apenas se transforma. Há o exemplo clássico da lagarta que se transforma em borboleta, deixando uma vida rastejante, para alçar vôos mais altos com suas belas e sutis asas coloridas. Este texto é sobre um amigo que não virou borboleta, mas que está aprendendo a voar e ilustra também como vale a pena realizar trabalhos assistenciais.

* * *
 
Um amigo de profissão, lá da empresa, passou por um delicado processo cirúrgico na coluna vertebral. Há mais de dez anos sofria sérios problemas de locomoção e vivenciava momentos de muita dor. Ele entrou no hospital, certo que teria alta em 72 horas e que voltaria a andar em breve. Porém, teve que se submeter a três intervenções cirúrgicas em sete dias e a cuidados médicos intensivos por vários meses.

A primeira vez que fui visitá-lo no hospital, ele estava na Semi-UTI (unidade de terapia intensiva), ligado a aparelhos que monitoravam o coração e a respiração. Antes de ir, fiz preces e exercícios bioenergéticos (1) para elevar meu padrão espiritual, ligar-me com as equipes de assistência extrafísica, proteger-me de eventuais desequilíbrios emocionais e perdas de energia. Ao chegar, saudei mentalmente as equipes de socorristas astrais que trabalham naquele hospital (2) e reforcei minha proteção visualizando uma cúpula azul-turquesa ao meu redor. Meio sem jeito, cumprimentei sua sobrinha e me aproximei do leito onde ele estava sob o efeito de fortes analgésicos. Sem jeito, porque na época nós não tínhamos vínculos de amizade e porque não sabia se eles aceitariam alguma ajuda diferente.

Fiquei, então, aos pés da cama, em silêncio, desejando seu restabelecimento e questionando mentalmente a Espiritualidade se teria permissão para fazer algum trabalho energético.

A resposta foi imediata! Sua sobrinha me deixou à vontade.

Ele estava agitado, sentindo muita dor, e um dos aparelhos registrava 100 batimentos cardíacos por minuto.

Comecei captando energia da “Mãe-Terra” e projetei-a pelos seus pés em direção à cabeça, por várias vezes. Depois, fiz limpeza e alinhamento dos seus chacras, para re-equilibrar o seu campo energético, o qual estava desordenado, basicamente, por influência dos medicamentos e dos aparelhos usados na cirurgia.

Projetei energias pelas minhas mãos e coração, mentalizando cores diversas à sua coluna vertebral e ao seu sistema nervoso. O batimento cardíaco começou a diminuir.

Quando o aparelho registrou 60 batimentos, ele adormeceu.

Retirei-me, não sem antes agradecer à Espiritualidade e fazer uma boa limpeza energética em mim mesma (3).

No dia seguinte, pelo telefone, ele agradeceu e pediu-me que voltasse em breve a visitá-lo, contando-me que era espiritualista e que havia percebido os passes. Continuamos o auxílio à distância (4), pois ele havia perdido o movimento das pernas e de um dos braços.

Os meses se passaram. Depois de muita perseverança da parte dele, do carinho e paciência dos familiares, das sessões de fisioterapia e dos medicamentos, ele recuperou totalmente os movimentos das pernas, e parcialmente do braço. O bravo guerreiro voltou a trabalhar por um bom tempo, com seu costumeiro bom humor, demonstrando grandes lições de vida.

Um belo domingo, ele não acordou!

Fizemos muitas preces e até hoje continuamos a fazer.

Menos de um ano depois da sua “passagem”, eu estava trabalhando no computador da empresa, junto de um relatório “gigante”, quando percebi que uma folha de papel virou sozinha. Achei que tivesse sido por causa de uma corrente de ar. Voltei a folha, e de novo ela se mexeu. Daí senti a presença dele. Pensei que fosse imaginação, e não assombração (risos)! Parei o que estava fazendo e busquei me elevar em preces. Em pensamento, pedi uma confirmação se era ele ou não. Senti, então, sua mão no meu ombro e ouvi sua voz me chamar de forma como só ele fazia.

Resumindo: ele primeiro me disse que não foi nada fácil perceber “que havia dormido aqui e acordado lá!” Sabia que havia sido escolha sua e, apesar dos pesares, procurou ir aceitando a idéia da mudança de endereço. Disse que estava bem, se recuperando, e pediu que agradecesse a todo pessoal da empresa pelas orações e pelos bons fluidos com os quais ele tinha sido envolvido, afirmando que muito o ajudara. Passou mais alguns recados para os amigos e disse que precisava seguir para fazer outras visitas, e partiu.

Depois de me recuperar deste contato de surpresa, chamei o pessoal do setor e contei o que havia ocorrido, mesmo sabendo que alguns acreditariam, e que outros duvidariam. O curioso foi ouvir que algumas pessoas também haviam sentido a presença dele, de uma forma ou de outra, no mesmo instante. Isto só confirmava a sintonia. Ficamos emocionados e felizes por saber que estava bem!

Este bravo guerreiro foi o porta-voz dele mesmo, para dar a notícia de que ele não morreu, só mudou de endereço vibracional.


- Nota de Wagner Borges:
Íris é minha amiga há muitos anos. É espiritualista, coordenadora de um grupo espírita e participante do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB, no qual colabora desde 1989.
Vem estudando sobre Ecologia, religiosidades, chacras, viagem astral, cristais, meditação, trabalhos terapêuticos e assistência espiritual, entre outros assuntos afins, desde a adolescência.
Freqüentou cursos e conferências organizadas pela Fraternidade Pax Universalis (desde 1988), ajudando a organizar um painel sobre o Planeta Terra no Anhembi.
É participante de um centro espírita no bairro de Santana, São Paulo (desde 1991), onde, além dos trabalhos de assistência (intrafísica e extrafísica), aos encarnados e desencarnados, realiza cursos e palestras.
Na vida profissional, formou-se em Biologia pela Universidade Mackenzie (em 1987), trabalha na CETESB - Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo (desde 1984); fez mestrado em Ciências Ambientais pela USP e atualmente está no doutorado. Paralelamente, é velejadora, mergulhadora (de vez em quando) e primeiro-socorrista. Estuda e participa de trabalhos voluntários sobre Ecologia geral pelo CEACON - Centro de Estudos e Atividades de Conservação da Natureza (desde 1984), e atualmente realiza atividades com crianças da Vila dos Pescadores, na cidade de Cubatão, São Paulo.
Tem se dedicado, particularmente nos últimos anos, a temas relacionados com Ecologia e espiritualidade, com o despertar da consciência ecológica nas pessoas, o que pode ser observado no conteúdo dos textos que escreve (animicamente), ou transcreve mediunicamente.
Outra linha de seus estudos e práticas é o trabalho e a assistência aos "partos astrais" (desencarne, partida final, rompimento do cordão de prata e soltura do espírito para o plano extrafísico) de amigos, familiares e parentes de amigos (pessoas moribundas e recém-desencarnadas), em hospitais e velórios.
Recentemente lançou seu primeiro livro: “O Menino e o Sol”, para crianças de todas as idades, visando aproximar e integrar gente pequena e gente grande sobre Ecologia, bioenergia, e sobre um tema que muitos evitam conversar com as crianças: a morte. Tive a honra de fazer o prefácio do livro.
Mais informações sobre o seu trabalho podem ser conseguidas em sua coluna na revista on line de nosso site – www.ippb.org.br

- Notas do texto:
1. Preces e exercícios bioenergéticos (respiração, visualização de cores, limpeza de chacras) servem para ajudar a limpar nossa aura e elevar nossos pensamentos ao plano espiritual maior.
2. Hospitais são lugares de pessoas doentes e também de muitos trabalhadores assistenciais. No plano espiritual, concomitante ao hospital intrafísico, há um outro hospital, extrafísico (“hospital astral”), correspondente. Elevando o padrão vibracional, ficamos mais perto de seus amaparadores espirituais e podemos servir melhor.
3. Limpeza energética para transmutar as energias densas e negativas presentes no ambiente hospitalar e para não deixar vestígios no meu campo áurico. Abrange: lavar as mãos em água corrente, com sabão; auto-passes e preces de agradecimento por poder ajudar alguém.
4. Todos os dias mentalizava seu quarto cheio de luz e projetava, com carinho e alegria, energias coloridas para seu restabelecimento físico, emocional e espiritual, bem como muita sustentação para seus familiares.

 

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