UM PRESENTE – A MARAVILHA DO DHARMA BEM REALIZADO

(Texto Postado Originalmente na Lista do Grupo de Estudos do IPPB na Internet)


Olá, amigos.

São 04h da madruga.

Estou enviando esse e-mail aqui na lista com um propósito específico, que é o seguinte:

Ainda agora, estava no quarto lendo e fazendo uns exercícios, quando vi um lance magnífico. É que ontem à noite eu realizei a última palestra do ano (lotada, como sempre), e muitas pessoas vieram falar comigo, para desejar bom natal e ano novo. Uma delas me disse que passou por uma crise danada e que pensou muitas vezes em suicídio, e o que segurou a barra dela foi entrar no site para ler os textos postados lá. Segundo ela, só por ler, o seu padrão psíquico mudava para melhor, e ela se sentia mais forte para enfrentar a depressão e os problemas. Agora ela já está bem.
Chegou uma senhora bem idosa, que foi pela primeira vez à palestra, e me abraçou, como se eu fosse um filho querido, e me disse: "Rapaz, que bom lhe conhecer. Se eu morrer hoje, vou feliz, porque conheci de perto um servo de Jesus na Terra."

Ela disse aquilo baixinho e com tanta sinceridade, que fiquei sem ação na hora, principalmente porque vi atrás dela uma entidade luminosa e senti a energia vindo em meu coração, junto com uma onda de alegria e a sensação de ter cumprido algo bom.

Bom, vim para casa descansar (estou gripado), mas não consegui dormir por causa de uma intensa congestão nasal. Então vi um pouco de TV e depois fui para o quarto ler e escutar um belo Cd do Phillip Chapman (tecladista new age inglês).

Tranqüilo, escutando aquela maravilha, fechei os olhos e me concentrei no Alto, agradecendo por tudo e refletindo sobre muitas coisas.

De súbito, abriu-se o meu chacra coronário (1), e vi (como se minha visão interna fosse pelo topo da cabeça) uma imagem maravilhosa: o espaço sideral. Senti ali a presença de um ser de luz, que eu não via, mas que estava ali. Por intuição, sabia que era um daqueles devas (2) dos quais sempre falo para vocês. E essa presença sutil plasmou uma flor amarela brilhante (literalmente uma flor de luz), em meio às estrelas que eu via, e projetou-a para baixo. E eu senti que aquilo era um presente de luz, por mais um ano de trabalho realizado com amor e dedicação. Fiquei quietinho curtindo aquela sensação maravilhosa de ter recebido um presente do céu, que sempre sabe o que vai dentro de cada um e quais são suas motivações em vida.

Então, me pareceu receber uma onda mental me dizendo: "Abra os olhos e olhe seu ambiente."

Abri os olhos e o quarto inteiro estava permeado por uma luz amarela igual à da flor. O ambiente suave e prazeiroso, com aquela música rolando. E novamente a onda mental sutil disse-me (não é a telepatia comum, é diferente, é algo como uma telepatia dévica, silenciosa, mas que você entende o conteúdo): "Essa é a riqueza da luz silenciosa. Ela é dada em nome do Senhor. Sempre se fie nessa luz, que é a fiel companheira dos que trabalham em prol do progresso de todos. Quem é guiado por ela, é rico em espírito. Desfrute esse momento e se nutra com o presente que o céu lhe enviou."

E aí, pessoal, fiquei ali mais um pouquinho, curtindo o ambiente sereno e agradecendo pelo mesmo ser um pedacinho do Céu na Terra. E aproveitei e pensei em muitas pessoas, tentando passar sutilmente um pouco daquela maravilha à distância.

Daí vim aqui para o computador para postar esse e-mail e dizer-lhes que pensei em vocês também, todos vocês, como grupo de amigos que estudam juntos e comungam das mesmas buscas e propósitos; alguns aqui, outros acolá, próximos, presentes, ausentes, encarnados e desencarnados.

Tomara que essa luz viaje astralmente a todos vocês, sem exceção!

O que está aqui é a riqueza secreta, o tesouro celeste, o dharma (3) em forma de luz. É aquilo que Jesus chamou de "o tesouro que a traça não rói, e que nada pode destruí-lo, pois não é desse mundo".

É isso que desejo para vocês ao final de mais um ano de jornada. Que esse tesouro seja compartilhado com vocês. Nosso tempo aqui na Terra é curto e não sabemos por quanto tempo mais estaremos por aqui, junto de familiares e amigos. Por isso, o tempo passado junto com companheiros de ideais conscienciais nobres é precioso, mesmo que para alguns aqui seja virtual, o que não invalida a sintonia, que não é limitada pela distância.

Que cada um de vocês se sinta abraçado espiritualmente, de coração a coração, sendo lavados de mágoas, tolices, limitações, tristezas, medo e tudo que atrapalhe sua evolução. E que isso seja extensivo aos seus familiares e amigos, e até aos seus bichinhos de estimação e as plantinhas de sua casa.

Que até os obsessores extrafísicos (assediadores espirituais) recebam essa riqueza! E que os seus dramas antigos sejam transformados em flores luminosas também. E que eles se tornem amigos da gente, um dia. E que todos nós possamos caminhar felizes no dharma da espiritualidade, que não é doutrina ou grupo, ou instituto, mas estado de consciência interno e verdadeiro.

Que as brumas de Maya (4) se dissipem, sob os raios do sol do samadhi (5) no horizonte do céu do coração de todos vocês.

Há uma riqueza que a traça não destrói. Fiquem ricos com ela!


Paz e luz.

Um abraço a todos.


- Wagner Borges –
São Paulo, 10 de dezembro de 2005.

1. Chacra Coronário: é o centro energético situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das idéias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas.
Obs.: A raiz energética do chacra coronário está ligada à glândula pineal, que é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Devido a essa ligação sutil, a pineal (também chamada de “epífise”) é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.

2. Devas (do sânscrito): divindades, seres celestes, anjos.

3. Dharma (do sânscrito): dever, missão, trabalho, programação existencial, mérito, benção, meta superior, atitude virtuosa.

4. Maya (do sânscrito): ilusão.

5. Samadhi (do sânscrito): expansão da consciência, consciência cósmica.

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