1536 - CAVALEIROS DOURADOS DE BRAHMAN!
CAVALEIROS DOURADOS DE BRAHMAN!
Somos cavaleiros dourados de Brahman!*
Nossos corpos são as montarias com as quais corremos pelas pistas da vida.
São montarias temporárias, mas úteis ao progresso dos cavaleiros.
Corremos por várias pistas, alguns à frente, outros logo atrás.
O momento da chegada final, só Brahman sabe.
Ele é o Patrocinador de todas as corridas!
Qual é o motivo dessa corrida?
Qual é o Amor que a motiva?
O vento corta o espaço enquanto corremos...
Surgem muitos pensamentos e sentimentos...
Alguns deles dão força, enquanto outros, drenam energias.
Qual é o Amor secreto que guia nossas corridas?
Corremos em paz? Somos felizes?
Ou derrubamos os outros cavaleiros de suas montarias?
Nossa meta é ganhar a corrida? Ou apenas correr em paz?
Que, na partida, na corrida e na chegada, Brahman nos guie.
E que, no momento da chegada, Ele nos diga:
“Correram bem e em paz!
Correram pela vida como cavaleiros dourados.
É chegada a hora de se desprenderem das montarias.
Novas corridas os aguardam nas pistas da Eternidade.
Correrão pelas estrelas e cantarão a paz perene.
Correrão, correrão, correrão... em nome do Amor!”
Sim, somos cavaleiros dourados de Brahman e temos um lindo sonho:
Evoluir para tomarmos posse do tesouro divino em nós mesmos...
Para avançarmos no desenvolvimento de nossos potenciais e descerrarmos os véus da ilusão... enfim, para sermos dourados de Lucidez e Amor em todas as corridas.
Simplesmente, para sermos Luz no Caminho!
P.S.:
Escrevi essas linhas logo após ter estudado alguns capítulos dos Upanishads, a parte final dos Vedas, síntese da sabedoria espiritual da velha Índia.
Agradeço aos Rishis** pela inspiração contida nessa obra maravilhosa, que sempre enche o meu coração de admiração e contentamento, e me faz pensar em Brahman, A Luz das luzes; O Sol dos sóis; O Amor do amor; O Pai-Mãe de todos.
Paz e Luz!
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
- Notas:
* Brahman – do sânscrito - O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele/Ela é Pai-Mãe de todos.
** Rishis – do sânscrito - sábios espirituais; mentores espirituais dos Upanishads; mestres realizados na consciência cósmica (samadhi).
Texto <1536><09/12/2016>