MENSAGEM DO SANCTUM - por Márcio A. Prado
- Por Márcio A. Prado -
Quando o homem consegue acalmar seus instintos, silenciando os seus sentinelas (2) que o guiam no mundo manifesto, e finalmente se aproximando do silêncio da alma, onde a verdade está oculta pela véu da ignorância (3), inicia-se, então, a jornada em busca da Luz Real.
Essa luz só cega os olhos da carne. É luz que se faz dia, mesmo nas trevas da noite; é luz que está oculta na essência da Grande Obra, e que por mero descuido nos passa despercebida (e quanta dor nos causa este descuido).
Quando o homem consegue acalmar seus instintos, silenciando os seus sentinelas (2) que o guiam no mundo manifesto, e finalmente se aproximando do silêncio da alma, onde a verdade está oculta pela véu da ignorância (3), inicia-se, então, a jornada em busca da Luz Real.
Essa luz só cega os olhos da carne. É luz que se faz dia, mesmo nas trevas da noite; é luz que está oculta na essência da Grande Obra, e que por mero descuido nos passa despercebida (e quanta dor nos causa este descuido).
Quando tal estado é alcançado no silêncio interior, um outro ser, que é ele próprio (4) livre da prisão da densidade (5), move-se pela sutil e etérea essência-prima. Elevando-se das trevas interiores, como que acordado de um breve sono, move-se timidamente até descobrir o movimento, e na velocidade do pensamento, alça-se ao mais sublime vôo, e então já não existem mais fronteiras nem individualidade, e ele alcança o universo com o poder absoluto da vontade. Sua consciência é um turbilhão de energias cósmicas fundindo-se na beleza da realidade celeste, além do domínio dos quatro elementos primordiais.
A luz que brilha é cada vez mais forte e ele sente-se novamente como uma individualidade, só que desta vez diferente, livre e leve. Encontra, então, um portal e segue até ele... Por um breve momento, onde o nada é tudo; e no momento seguinte já não existe a imensidão, mas sim uma nova luz que representa um novo estágio. Formas luminosas como cristais, da mais pura constituição que o homem possa imaginar, amparam-no com carinho e compreensão. Eles o ajudam, pois sabem que o despertar é como o “acordar da morte”.
Ele caminha agora no mais absoluto silêncio, está descalço e veste uma túnica branca como a neve, no peito as três pontas se unem, não contidas, mas contendo o ponto, que é o resultado da união de dois princípios, que se refletem na pureza da rubra rosa (6).
Inicia, então, uma ascensão por degraus que contêm uma eternidade, uma vida
inteira para cada um deles. Nesse momento já não está mais acompanhado, e caminha em direção a um novo portal... e lá está ela, banhada da mais pura e divina luz, aquela que foi erigida através dos tempos pela criação daqueles que sempre expandiram a luz e fizeram das suas vidas o trabalho, e como principal objetivo a realização da Grande Obra, da qual eles sempre fizeram parte, pois o homem participa da criação.
Aproxima-se então da Grande Obra (7), mas antes passa pela bondade e firmeza (8) daqueles que guardam o tesouro através dos séculos, enfrentando o fogo, as calúnias e as injustiças criadas pelo próprio homem.
Ao entrar, ele é tomado por uma profunda alegria, a beleza indescritível, onde tudo é luz literalmente, vivendo o momento na sua plenitude, sentindo-se uno com Deus, pois a criação é ele próprio em movimento, e isso é tudo que importa neste momento maravilhoso.
E são estes momentos preciosos que a humanidade ainda desconhece na sua grande maioria, que tornam tudo mais claro e compreensível, de que nos foi dada a chance de compreender o incompreensível, de conhecer o que está oculto e conquistar a verdadeira realidade.
O Pai nos deu tudo isso, portanto, homens, busquem a riqueza espiritual em seu interior, pois ele contém o universo inteiro (9).
PS.: A maneira como o texto foi escrito tem a influência dos estudos rosa-cruzes (10), e seria uma projeção relatada em termos herméticos pelos iniciados do antigo Egito.
- Nota de Wagner Borges: Márcio é rosacruz e participante do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
- Notas:
1. Sanctum (do latim): palavra usada para identificar um lugar reservado para meditar, orar (oratório), e recolher-se em silêncio.
2. Sentinelas: é uma alegoria ao cinco sentidos físicos, a saber: visão, audição, tato, paladar e olfato.
3. Véu da ignorância: a ilusão sensorial, que os hindus chamam de Maya.
4. “Outro ser que é ele próprio”: metáfora para o corpo psíquico (corpo espiritual, psicossoma, corpo astral, perispírito).
5. Prisão da densidade: o corpo físico; Soma.
6. “As três pontas se unem, não contidas mas contendo o ponto, que é resultado da união de dois princípios, que se refletem na pureza da rubra rosa”: trata-se de uma alegoria ao símbolo da Rosa-Cruz, que é formado por um triângulo com a ponta para baixo, indicando os mais altos ideais espirituais; dentro dele há uma cruz dourada com uma rosa vermelha no centro (cruzamento) da cruz.
7. A Grande Obra: trata-se dos Templos de Luz ou Invisíveis, que são lugares onde os seres de luz dos planos espirituais se reúnem para vibrar pelo universo.
8. Bondade e Firmeza: é uma alegoria ao que se diz na Rosa-Cruz sobre os guardiões, que eles guardam o Templo para que nada atrapalhe a convocação.
9. “Seu interior contém o universo”: é uma alegoria usada para mostrar que na consciência humana ou no Templo de seu coração existe um universo, um microcosmo, ou se quiser, como diziam os sábios de outrora, “assim como é em cima, também é embaixo!”
10. O site da Ordem Rosacruz é: www.amorc.org.br
A luz que brilha é cada vez mais forte e ele sente-se novamente como uma individualidade, só que desta vez diferente, livre e leve. Encontra, então, um portal e segue até ele... Por um breve momento, onde o nada é tudo; e no momento seguinte já não existe a imensidão, mas sim uma nova luz que representa um novo estágio. Formas luminosas como cristais, da mais pura constituição que o homem possa imaginar, amparam-no com carinho e compreensão. Eles o ajudam, pois sabem que o despertar é como o “acordar da morte”.
Ele caminha agora no mais absoluto silêncio, está descalço e veste uma túnica branca como a neve, no peito as três pontas se unem, não contidas, mas contendo o ponto, que é o resultado da união de dois princípios, que se refletem na pureza da rubra rosa (6).
Inicia, então, uma ascensão por degraus que contêm uma eternidade, uma vida
inteira para cada um deles. Nesse momento já não está mais acompanhado, e caminha em direção a um novo portal... e lá está ela, banhada da mais pura e divina luz, aquela que foi erigida através dos tempos pela criação daqueles que sempre expandiram a luz e fizeram das suas vidas o trabalho, e como principal objetivo a realização da Grande Obra, da qual eles sempre fizeram parte, pois o homem participa da criação.
Aproxima-se então da Grande Obra (7), mas antes passa pela bondade e firmeza (8) daqueles que guardam o tesouro através dos séculos, enfrentando o fogo, as calúnias e as injustiças criadas pelo próprio homem.
Ao entrar, ele é tomado por uma profunda alegria, a beleza indescritível, onde tudo é luz literalmente, vivendo o momento na sua plenitude, sentindo-se uno com Deus, pois a criação é ele próprio em movimento, e isso é tudo que importa neste momento maravilhoso.
E são estes momentos preciosos que a humanidade ainda desconhece na sua grande maioria, que tornam tudo mais claro e compreensível, de que nos foi dada a chance de compreender o incompreensível, de conhecer o que está oculto e conquistar a verdadeira realidade.
O Pai nos deu tudo isso, portanto, homens, busquem a riqueza espiritual em seu interior, pois ele contém o universo inteiro (9).
PS.: A maneira como o texto foi escrito tem a influência dos estudos rosa-cruzes (10), e seria uma projeção relatada em termos herméticos pelos iniciados do antigo Egito.
- Nota de Wagner Borges: Márcio é rosacruz e participante do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
- Notas:
1. Sanctum (do latim): palavra usada para identificar um lugar reservado para meditar, orar (oratório), e recolher-se em silêncio.
2. Sentinelas: é uma alegoria ao cinco sentidos físicos, a saber: visão, audição, tato, paladar e olfato.
3. Véu da ignorância: a ilusão sensorial, que os hindus chamam de Maya.
4. “Outro ser que é ele próprio”: metáfora para o corpo psíquico (corpo espiritual, psicossoma, corpo astral, perispírito).
5. Prisão da densidade: o corpo físico; Soma.
6. “As três pontas se unem, não contidas mas contendo o ponto, que é resultado da união de dois princípios, que se refletem na pureza da rubra rosa”: trata-se de uma alegoria ao símbolo da Rosa-Cruz, que é formado por um triângulo com a ponta para baixo, indicando os mais altos ideais espirituais; dentro dele há uma cruz dourada com uma rosa vermelha no centro (cruzamento) da cruz.
7. A Grande Obra: trata-se dos Templos de Luz ou Invisíveis, que são lugares onde os seres de luz dos planos espirituais se reúnem para vibrar pelo universo.
8. Bondade e Firmeza: é uma alegoria ao que se diz na Rosa-Cruz sobre os guardiões, que eles guardam o Templo para que nada atrapalhe a convocação.
9. “Seu interior contém o universo”: é uma alegoria usada para mostrar que na consciência humana ou no Templo de seu coração existe um universo, um microcosmo, ou se quiser, como diziam os sábios de outrora, “assim como é em cima, também é embaixo!”
10. O site da Ordem Rosacruz é: www.amorc.org.br