O SAMADHI E O ASSALTO - por Adriana Shimabukuro
- Por Adriana Shimabukuro -
(Esta crônica conta os contrastes e os difíceis caminhos da compreensão e do equilíbrio a que somos submetidos quando vivemos neste planeta)
QUARTA-FEIRA: Tive um samadhi*.
QUINTA-FEIRA: Dois rapazes entraram em minha casa e apontaram uma arma na minha cabeça, na frente de meus dois filhos pequenos.
(Esta crônica conta os contrastes e os difíceis caminhos da compreensão e do equilíbrio a que somos submetidos quando vivemos neste planeta)
QUARTA-FEIRA: Tive um samadhi*.
QUINTA-FEIRA: Dois rapazes entraram em minha casa e apontaram uma arma na minha cabeça, na frente de meus dois filhos pequenos.
QUARTA-FEIRA: O ambiente era carregado de pureza, eu sentia energias de amor e paz envolvendo a todos que estavam fazendo o trabalho espiritual.
QUINTA-FEIRA: As paredes da delegacia não tinham quadros e eram testemunhas de tantas tristezas e revoltas da vida humana.
QUARTA-FEIRA: Em meio a uma luz, uma voz dizia-me que devíamos amar nossos irmãos, pois muitos, de muito longe, naquele momento oravam pela humanidade que habitava o Planeta Terra.
QUINTA-FEIRA: Sentada a minha frente, ainda na delegacia, uma senhora chorava e suplicava o perdão de seu filho. Ela era a mãe do garoto que invadira minha casa.
QUARTA-FEIRA: Há muito tempo eu ouço vozes. São seres de algum lugar que invadem docemente minha alma e confortam meu coração com palavras de otimismo e carinho. Algumas filosofias chamam isso de mediunidade, meus amigos de psicografias e a ciência, de clariaudiência. Eu chamo de "conversas com Deus..."
QUINTA-FEIRA: Meu corpo entorpece e sinto uma fraqueza geral.
Sentimentos de angústia e indignação invadem meus pensamentos. Numa tela mental eu via a vida de uma mulher sofrida que sentia o cansaço do mundo em suas costas.
Sentia-se fraca frente ao "mundo cão". Ela suplicava a Deus que alguém ajudasse seu filho. Aos poucos eu sentia a dor daquele coração de mãe pulsando em meu corpo. Eu chorava e pedia a Deus: "Senhor, me oriente". Naquele momento, sem controle nenhum, sem entender o processo, eu podia ouvir e sentir a dor da família daquele garoto que invadira minha casa. A minha mente se fundia em indignações, revoltas e dores.
QUARTA-FEIRA: O Amor daquele ser longínquo me envolvera, meu corpo era inundado por uma luz rosa que se instalava no meu coração.
QUINTA-FEIRA: O delegado de plantão me chamava insistentemente para que eu reconhecesse os assaltantes.
QUARTA-FEIRA: Eu perguntei: Deus, por que tanto Amor? Se naquele momento eu tivesse o poder de dividir aquele onda de sentimentos, eu dividiria em 100 pedacinhos e os entregaria a cada de meus amigos que estavam naquela sala. Por que tanto Amor?
QUINTA-FEIRA: E perguntei: Deus, por que tanta violência? Por que tanta Dor?
QUARTA-FEIRA: Uma voz de dentro do meu coração dizia: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
QUINTA-FEIRA: Uma voz de dentro do meu coração dizia: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
Após quatro horas na delegacia, voltei para casa e uni minhas mãos em frente ao peito, num gesto que os orientais costumam chamar de "anjali".
Rezei pelas mães que carregam o mundo nas costas, pelas pessoas desorientadas do mundo e por aqueles garotos que invadiram a minha casa.
HOJE: Uma paz e tranquilidade envolvem minha alma e uma luz azul me envolve acalentando meu coração e meus medos. Uma voz ainda ecoa em meu coração: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
PS: Tudo o que está escrito aqui é fato verídico, ocorrido comigo nos dias 22 e 23 de agosto de 2001)
- Nota de Wagner Borges: Adriana é nossa amiga e participante do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
QUINTA-FEIRA: As paredes da delegacia não tinham quadros e eram testemunhas de tantas tristezas e revoltas da vida humana.
QUARTA-FEIRA: Em meio a uma luz, uma voz dizia-me que devíamos amar nossos irmãos, pois muitos, de muito longe, naquele momento oravam pela humanidade que habitava o Planeta Terra.
QUINTA-FEIRA: Sentada a minha frente, ainda na delegacia, uma senhora chorava e suplicava o perdão de seu filho. Ela era a mãe do garoto que invadira minha casa.
QUARTA-FEIRA: Há muito tempo eu ouço vozes. São seres de algum lugar que invadem docemente minha alma e confortam meu coração com palavras de otimismo e carinho. Algumas filosofias chamam isso de mediunidade, meus amigos de psicografias e a ciência, de clariaudiência. Eu chamo de "conversas com Deus..."
QUINTA-FEIRA: Meu corpo entorpece e sinto uma fraqueza geral.
Sentimentos de angústia e indignação invadem meus pensamentos. Numa tela mental eu via a vida de uma mulher sofrida que sentia o cansaço do mundo em suas costas.
Sentia-se fraca frente ao "mundo cão". Ela suplicava a Deus que alguém ajudasse seu filho. Aos poucos eu sentia a dor daquele coração de mãe pulsando em meu corpo. Eu chorava e pedia a Deus: "Senhor, me oriente". Naquele momento, sem controle nenhum, sem entender o processo, eu podia ouvir e sentir a dor da família daquele garoto que invadira minha casa. A minha mente se fundia em indignações, revoltas e dores.
QUARTA-FEIRA: O Amor daquele ser longínquo me envolvera, meu corpo era inundado por uma luz rosa que se instalava no meu coração.
QUINTA-FEIRA: O delegado de plantão me chamava insistentemente para que eu reconhecesse os assaltantes.
QUARTA-FEIRA: Eu perguntei: Deus, por que tanto Amor? Se naquele momento eu tivesse o poder de dividir aquele onda de sentimentos, eu dividiria em 100 pedacinhos e os entregaria a cada de meus amigos que estavam naquela sala. Por que tanto Amor?
QUINTA-FEIRA: E perguntei: Deus, por que tanta violência? Por que tanta Dor?
QUARTA-FEIRA: Uma voz de dentro do meu coração dizia: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
QUINTA-FEIRA: Uma voz de dentro do meu coração dizia: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
Após quatro horas na delegacia, voltei para casa e uni minhas mãos em frente ao peito, num gesto que os orientais costumam chamar de "anjali".
Rezei pelas mães que carregam o mundo nas costas, pelas pessoas desorientadas do mundo e por aqueles garotos que invadiram a minha casa.
HOJE: Uma paz e tranquilidade envolvem minha alma e uma luz azul me envolve acalentando meu coração e meus medos. Uma voz ainda ecoa em meu coração: "Adriana, o mundo carece de carinho e compreensão..."
PS: Tudo o que está escrito aqui é fato verídico, ocorrido comigo nos dias 22 e 23 de agosto de 2001)
- Nota de Wagner Borges: Adriana é nossa amiga e participante do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
- Nota do texto: *Samadhi (do sânscrito): Expansão da consciência; Consciência cósmica.