PENSANDO LUZ - por Paulo André Bueno de Camargo

- Paulo André Bueno de Camargo -

Quem não possui, em algum setor de sua vida, uma pessoa que, devido a sua perseguição, põe constantemente à prova a nossa tão escassa paciência e indulgência? Se não é um chefe mal humorado e injusto que não conhece o nosso esforço pela empresa, é a sogra que não pára de dizer que a sua filha fez uma péssima escolha ao casar-se conosco; ou é aquele parente chato que parece ter como objetivo único acabar com a paz do recanto do nosso lar. Enfim, todos temos verdadeiros "carmas ambulantes e (pior) falantes" a nos seguir durante a existência terrena. E quanto mais tempo passa, pior eles vão ficando. Não é assim?

Pois bem, sabiam que nós somos responsáveis por grande parte desse suplício"?

DUVIDAM?

Então, pensemos o seguinte:

Os estudos parapsicológicos já deixaram mais do que comprovado que os fenômenos de TELEPATIA não são frutos de mera coincidência ou imaginação humana. É o que afirmou Edw. T. Benet, que foi secretário da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, dizendo que "... o investigador parece ser impelido à conclusão que a transmissão do pensamento ou telepatia há de ser incluída entre os fatos cientificamente provados", ou seja, que realmente uma pessoa pode, à distância, por ato de vontade ou involuntariamente, transmitir a outra um pensamento ou um conjunto de pensamentos com a sua respectiva carga emocional.

Saindo do campo da Ciência, iremos nos deparar com o Princípio do Mentalismo, de Hermes Trismegistro, afirmando que tudo advém da mente; ou com o Espiritismo afirmando que o pensamento é "força magnética". Ou seja, o pensamento é uma força magnética ou energética poderosa que, se direcionado a uma pessoa, pode se fazer sentir, causando uma sensação agradável ou desagradável, dependendo da carga magnética-emocional que o acompanhar. Por exemplo: se ao sofrer um acidente um filho lembra-se de sua mãe, caso ela sinta esses pensamentos, sentirá também uma angústia, que é a carga emocional que acompanhou os pensamentos de sofrimento do filho. Tal hipótese é fundamentada com numerosos casos coletados por pesquisadores desde a fundação da S.P.P. de Londres.

"Mas o que tudo isso tem a ver com os chatos de minha vida"? - Você deve estar se perguntando.

Responde-lhe dizendo: TUDO!!!

Imagine-se, por exemplo, saindo para trabalhar e, no caminho do escritório, você pensando: "Puxa vida! Mais um dia que terei de agüentar aquele chefe ranzinza e ditador, que raiva!" Você não teve que fazer muito esforço para imaginar essa cena, pois deve tê-la vivenciado várias vezes, não é?

Agora imagine o lado oculto da cena: uma massa de energia guiada por seus pensamentos, sai da sua mente em direção ao seu chefe que, nesse dias, estava até o momento, calmo e feliz. Ao atingi-lo, os pensamentos que continham a carga magnética de irritação, e portanto negativa, farão o seu chefe sentir um pouco de irritação. Agora multiplique o número de funcionários de sua seção que pensa igualmente a você e verá que seu chefe, que até poderia ser uma pessoa bacana, tem motivos de sobra para estar sempre nervoso. Aplique o mesmo princípio a sua sogra, ao familiar e a qualquer pessoa da sua convivência e verá que o resultado é o mesmo: quanto mais você fica irritado com eles, mais eles ficam irritados com você.

Aí você me responde: "Eu sou um espiritualista, não fico pensando mal de ninguém"! Mas, quando alguém vem fazer uma "fofoquinha" ingênua sobre AQUELA pessoa, você vai, com o maior prazer, desculpando-se para a própria consciência: "não há nada de mal nisso". Aí é que você se engana, pois além da energia mental, que vai em direção da pessoa alvo, agora também tem a energia da voz (que é utilizada nos mantras). Você pensava que não devia fazer fofoca por simples moralismo? Enganou-se. Há um fundamento para explicar a reprovação desse ato tão mesquinho e prejudicial, que é a fofoca.

Compreendendo isso, devemos tentar melhorar o nosso nível de pensamento em relação ÀQUELAS pessoas, vibrando todo dia um pouquinho, LUZ e PAZ, para que, ao invés de contribuir para a desarmonia do ambiente onde vivemos, façamos jus aos "títulos" (se é que podemos chamar assim) de Espiritualista, Espírita, Ocultista, Umbandista, Yogue, Budista, Taoísta ou Hermetista, entre outros.

Paulo André Bueno de Camargo é nosso amigo há muitos anos e nos autorizou a postagem desses escritos em nosso site.

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