TERRA E FLOR - por Kadica Krauthein
- Por Kadica Krauthein -
Eu já nem me preocupo mais com nada, vou ao sabor do vento do Tao*.
Deixo fluir, e a Vida me preenche...
Ela tem me ensinado muitas coisas; algumas eu aprendo com dificuldade, outras eu assimilo quando tenho vontade. Sinto que minhas vontades não fazem mais parte do processo, pois sinto uma união entre todas as coisas, uma interdependência, um pouco do eterno em mim.
Eu já nem me preocupo mais com nada, vou ao sabor do vento do Tao*.
Deixo fluir, e a Vida me preenche...
Ela tem me ensinado muitas coisas; algumas eu aprendo com dificuldade, outras eu assimilo quando tenho vontade. Sinto que minhas vontades não fazem mais parte do processo, pois sinto uma união entre todas as coisas, uma interdependência, um pouco do eterno em mim.
Agora, pelo menos, não minto mais para mim mesma; não perco tempo com as vontades vazias dos outros; agarrei o conceito do que é a vida em mim, e é Ela que me impulsiona para o futuro.
Os véus vão caindo, e vejo as pessoas nuas pelas ruas.
O véu de Maya** caiu ao sabor do vento dos sonhos de bilhões de pessoas, que dormem, mas pensam viver.
Aflição, lágrimas e ranger de dentes podem ser muito semelhantes a alegria, sorrisos e amor, depende da maneira como são vistos.
Somos grandes almas perdidas no labirinto da vida e da morte (poderemos reencontrar a luz, ou a mão do guardião que guarda o portal dos segredos profundos de Deus). Eu sei que tenho a chave desta porta, só não sei onde coloquei.
Os degraus de ouro, eu não quis subir; não quis mistérios nem magia; quis a simplicidade de um sorriso, a humanidade que iguala todos. Não procurei poder nem títulos, apenas escolhi ser amiga e paciente; escolhi ser até melhor do que eu mesma me imaginava. Escolhi, porque escolhendo, tive o direito de ser irmã, amiga e parte da luz do dia.
Escolhi ser brisa e flor, um pouco da Terra onde piso e vivo; escolhi ser o Amor.
Na estrada que percorremos como loucos, obcecados pelo brilho das coisas pagas com dinheiro e suor, talvez eu plante em derredor margaridas e lírios. Já deixei para trás tantas coisas que pesavam em minha mochila de viajante das galáxias.
Agora só o ar e a energia me sustentam, e com a água me nutro.
A luz do dia alimenta a Alma daqueles que não ambicionam nada além da Paz.
Com carinho!
- Nota de Wagner Borges: Kadica é poetisa gaúcha e estudante de temas espirituais, sempre de mente aberta, sem se prender a nada, e viajando nas ondas da sensibilidade que mora no coração.
- Nota do texto:
* Tao (do chinês): "O Caminho"; "a essência de tudo"; "O Todo". Na verdade, o TAO não pode ser descrito ou explicado por palavras humanas. Por isso, deixo a cargo do sábio Lao-Tzé uma explicação mais apropriada:
"Há algo natural e perfeito, existente antes de Céu e Terra.
Imóvel e insondável, permanece só e sem modificação.
Está em toda parte e nunca se esgota.
Pode-se considerá-lo a Mãe de tudo.
Não conhecendo seu nome, chamo-o TAO.
Obrigado a dar-lhe um nome, o chamaria Transcendente."
- Lao Tzé - in "Tao Te King" – China, Século VI a.C.
** Maya (do sânscrito): ilusão.
Os véus vão caindo, e vejo as pessoas nuas pelas ruas.
O véu de Maya** caiu ao sabor do vento dos sonhos de bilhões de pessoas, que dormem, mas pensam viver.
Aflição, lágrimas e ranger de dentes podem ser muito semelhantes a alegria, sorrisos e amor, depende da maneira como são vistos.
Somos grandes almas perdidas no labirinto da vida e da morte (poderemos reencontrar a luz, ou a mão do guardião que guarda o portal dos segredos profundos de Deus). Eu sei que tenho a chave desta porta, só não sei onde coloquei.
Os degraus de ouro, eu não quis subir; não quis mistérios nem magia; quis a simplicidade de um sorriso, a humanidade que iguala todos. Não procurei poder nem títulos, apenas escolhi ser amiga e paciente; escolhi ser até melhor do que eu mesma me imaginava. Escolhi, porque escolhendo, tive o direito de ser irmã, amiga e parte da luz do dia.
Escolhi ser brisa e flor, um pouco da Terra onde piso e vivo; escolhi ser o Amor.
Na estrada que percorremos como loucos, obcecados pelo brilho das coisas pagas com dinheiro e suor, talvez eu plante em derredor margaridas e lírios. Já deixei para trás tantas coisas que pesavam em minha mochila de viajante das galáxias.
Agora só o ar e a energia me sustentam, e com a água me nutro.
A luz do dia alimenta a Alma daqueles que não ambicionam nada além da Paz.
Com carinho!
- Nota de Wagner Borges: Kadica é poetisa gaúcha e estudante de temas espirituais, sempre de mente aberta, sem se prender a nada, e viajando nas ondas da sensibilidade que mora no coração.
- Nota do texto:
* Tao (do chinês): "O Caminho"; "a essência de tudo"; "O Todo". Na verdade, o TAO não pode ser descrito ou explicado por palavras humanas. Por isso, deixo a cargo do sábio Lao-Tzé uma explicação mais apropriada:
"Há algo natural e perfeito, existente antes de Céu e Terra.
Imóvel e insondável, permanece só e sem modificação.
Está em toda parte e nunca se esgota.
Pode-se considerá-lo a Mãe de tudo.
Não conhecendo seu nome, chamo-o TAO.
Obrigado a dar-lhe um nome, o chamaria Transcendente."
- Lao Tzé - in "Tao Te King" – China, Século VI a.C.
** Maya (do sânscrito): ilusão.