A PRIMEIRA VEZ
- Por Frank -
Para alguns é uma questão de fé, para outros é uma questão de sentir.
Fui criado sob a bandeira da fé; daí foi um passo bem natural cair de cabeça na crença dos outros, nos escritos, no disse-me-disse, na opinião alheia sobre o mundo espiritual; até o dia em que neguei tudo o que aprendi, e bastou colocar o “tico e teco” (como chamo os meus dois neurônios, que só pegam no tranco) para funcionar.
Havia perguntas que a fé não respondia, que o padre não falava, que mamãe e
papai ignoravam. Havia indagações que mesmo quem encontrar as respostas não era capaz de explicar, de descrever, ou compartilhar.
Havia a verdade a ser descoberta bem pertinho, alem do véu de Isis, e eu só precisava ter a coragem de dar o primeiro passo em sua direção.
E fui em frente... Toquei as estrelas e senti que a vida pulsava até nas lavas de um vulcão.
Voei pelo céu de São Paulo sem avião, sem helicóptero, e voltei para o corpo físico para contar a história, ou pelo menos tentar explicar algo que nem eu acreditava ser possível.
Era difícil explicar, descrever, explanar, colocar em letrinhas o que havia sentido. Só sabia que tinha sido real, não fora ilusão, falta de oxigenação no cérebro, hipnose coletiva, uso de maconha ou de chás alucinógenos. Contudo, como explicar a todos o gosto do céu e como era lindo o azul do lado de lá? Bem que tentei, mas só podia realmente fazer a todos o mesmo convite que me fizeram:
“Quer saber como é, corre, voa e vai provar por si mesmo!”
Depois daquela experiência, parei de ter fé e passei a ter certeza; a mesma certeza de quem ama sua mãe, sua esposa, mas sabe que mil presentes e cartões não conseguem expressar esse amor.
Hoje, lendo tantos relatos projetivos, vejo letrinhas nervosas formularem palavras que tentam explicar o inexplicável, descrever o que é indescritível, e lembro-me de que faz cinco anos desde a primeira vez em que voei para fora do meu corpo físico, e percebo que não sou o único louco tentando expressar a sua loucura de trocar a fé pela certeza, trocar o verbo dependente "acreditar", pelo verbo experiência "sentir".
São Paulo, 10 de setembro 2005.
(Aniversário de cinco anos da minha primeira Projeção Astral).
Para alguns é uma questão de fé, para outros é uma questão de sentir.
Fui criado sob a bandeira da fé; daí foi um passo bem natural cair de cabeça na crença dos outros, nos escritos, no disse-me-disse, na opinião alheia sobre o mundo espiritual; até o dia em que neguei tudo o que aprendi, e bastou colocar o “tico e teco” (como chamo os meus dois neurônios, que só pegam no tranco) para funcionar.
Havia perguntas que a fé não respondia, que o padre não falava, que mamãe e
papai ignoravam. Havia indagações que mesmo quem encontrar as respostas não era capaz de explicar, de descrever, ou compartilhar.
Havia a verdade a ser descoberta bem pertinho, alem do véu de Isis, e eu só precisava ter a coragem de dar o primeiro passo em sua direção.
E fui em frente... Toquei as estrelas e senti que a vida pulsava até nas lavas de um vulcão.
Voei pelo céu de São Paulo sem avião, sem helicóptero, e voltei para o corpo físico para contar a história, ou pelo menos tentar explicar algo que nem eu acreditava ser possível.
Era difícil explicar, descrever, explanar, colocar em letrinhas o que havia sentido. Só sabia que tinha sido real, não fora ilusão, falta de oxigenação no cérebro, hipnose coletiva, uso de maconha ou de chás alucinógenos. Contudo, como explicar a todos o gosto do céu e como era lindo o azul do lado de lá? Bem que tentei, mas só podia realmente fazer a todos o mesmo convite que me fizeram:
“Quer saber como é, corre, voa e vai provar por si mesmo!”
Depois daquela experiência, parei de ter fé e passei a ter certeza; a mesma certeza de quem ama sua mãe, sua esposa, mas sabe que mil presentes e cartões não conseguem expressar esse amor.
Hoje, lendo tantos relatos projetivos, vejo letrinhas nervosas formularem palavras que tentam explicar o inexplicável, descrever o que é indescritível, e lembro-me de que faz cinco anos desde a primeira vez em que voei para fora do meu corpo físico, e percebo que não sou o único louco tentando expressar a sua loucura de trocar a fé pela certeza, trocar o verbo dependente "acreditar", pelo verbo experiência "sentir".
São Paulo, 10 de setembro 2005.
(Aniversário de cinco anos da minha primeira Projeção Astral).