COMPANHIA REAL OU AGREGADO EMOCIONAL?
- Por Frank -
Quando ficamos sozinhos, isso dói. Daí, compreendemos que ainda não temos maturidade para ficar em nossa própria companhia.
Se não gostamos de ficar com a gente mesmo, como podemos achar que gostamos de ficar com outro - e com a gente junto?
E se ficar com o outro for um vício, um receio, um medo de estarmos junto da gente mesmo?
Quando ficamos sozinhos, isso dói. Daí, compreendemos que ainda não temos maturidade para ficar em nossa própria companhia.
Se não gostamos de ficar com a gente mesmo, como podemos achar que gostamos de ficar com outro - e com a gente junto?
E se ficar com o outro for um vício, um receio, um medo de estarmos junto da gente mesmo?
Do que temos medo? O que não queremos descobrir? Quem foi que ensinou a gente a ser assim?
Ninguém nasce acompanhado, todos morrem sozinhos. É claro que precisamos de gente ao nosso lado, pois necessitamos nos relacionar; porém, quando esses relacionamentos começam a nos prejudicar, qual é a lógica de continuar algo que só existe para ocupar lugar?
Queremos ocupar sempre todos os vazios, mesmo que seja com algo que não valha a pena. Daí, pergunto: não deveríamos aprender a viver sozinhos?
E se aprendêssemos a viver sozinhos, de tal forma que, a cada dia, fosse uma nova descoberta? E, cada experiência, uma vitória? Não seria inevitável que o nosso brilho atraísse alguém que valesse um poema?
Só merece estar do nosso lado quem vale um verso. Se não for assim, só teremos um agregado, um anexo, uma ilusão de que estamos realmente acompanhados, quando, na verdade, sempre estivemos sozinhos, mesmo quando tínhamos alguém do lado.
São Paulo, 06 de outubro de 2009.
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco de Oliveira, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005.
Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos.
Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista online de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br – Outros textos podem ser acessados diretamente em seu blog na Internet: http://cronicasdofrank.blogspot.com
Ninguém nasce acompanhado, todos morrem sozinhos. É claro que precisamos de gente ao nosso lado, pois necessitamos nos relacionar; porém, quando esses relacionamentos começam a nos prejudicar, qual é a lógica de continuar algo que só existe para ocupar lugar?
Queremos ocupar sempre todos os vazios, mesmo que seja com algo que não valha a pena. Daí, pergunto: não deveríamos aprender a viver sozinhos?
E se aprendêssemos a viver sozinhos, de tal forma que, a cada dia, fosse uma nova descoberta? E, cada experiência, uma vitória? Não seria inevitável que o nosso brilho atraísse alguém que valesse um poema?
Só merece estar do nosso lado quem vale um verso. Se não for assim, só teremos um agregado, um anexo, uma ilusão de que estamos realmente acompanhados, quando, na verdade, sempre estivemos sozinhos, mesmo quando tínhamos alguém do lado.
São Paulo, 06 de outubro de 2009.
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco de Oliveira, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005.
Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos.
Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista online de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br – Outros textos podem ser acessados diretamente em seu blog na Internet: http://cronicasdofrank.blogspot.com