MAU HUMOR
- Por Frank - Hoje não consegui lutar contra ele. Quando vi, ele já havia me dominado. Não há técnica que eu consiga usar, além do fato de saber que é passageiro e, se eu ficar bem quietinho, não contaminarei ninguém com ele e poderei reagir. Já me senti assim antes e já o derrotei. Ele fica nas sombras aguardando o meu deslize. Semelhante a um parasita, ele está sempre por perto, colado, tentando me seduzir, querendo que eu o ouça, para que ele sugue minhas forças, meu entusiasmo e meu riso.
Por algum tempo, achei que ele fosse externo, mas já percebi que ele é parte de mim - e toda pessoa o carrega consigo. Mesmo sabendo que ele é natural, não o deixo tomar conta da minha vontade e sigo lutando todos os dias, para que ele não assuma o controle, nem mesmo por alguns minutos, porque já percebi, também, que ele não faz mal só para mim, como também para todos ao meu redor. O dia ainda não acabou e, embora ele esteja no controle desde o momento que acordei, estou ciente de que, apesar de ele ter me dominado, eu ainda posso fazer algo a respeito. Afinal, ele pode ser parte de mim, mas quem o controla sou eu. A reação está a caminho... há um sorriso na próxima esquina. São Paulo, 27 de abril de 2007. - P.S.: Ninguém é obrigado a estar sempre de bom humor, afinal, a vida é difícil e não conseguimos mesmo rir de tudo o tempo inteiro, mas há pessoas que não conseguem lutar contra o mau humor e esse passa a ser, realmente, um mal que precisa ser tratado, pois acaba prejudicando a sua vida e, em alguns casos, acaba levando as pessoas a um quadro crônico de depressão e transtorno persistente do humor. Vivo dizendo para a minha esposa que um dos motivos por que estou casado com ela há tanto tempo é o fato de ela sempre estar de bom humor. Um dia, enquanto dizia isso, pela enésima vez, ela sorriu e disse: “Frank, eu também fico de mau humor. A diferença é que você não tem nada a ver com isso e não vou contaminá-lo com algo que posso trabalhar em mim mesma e transformar.” Ponto para ela! São Paulo, 27 de abril de 2007.
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco de Oliveira, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005. Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos. Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista on line de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br – Outros textos podem ser acessados diretamente em seu blog na Internet: http://cronicasdofrank.blogspot.com
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco de Oliveira, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005. Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos. Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista on line de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br – Outros textos podem ser acessados diretamente em seu blog na Internet: http://cronicasdofrank.blogspot.com