QUATRO PALAVRAS E UMA LONGA JORNADA
Levou tempo.
Nunca pensei que precisaria de tanta coragem para dizer o que sentia.
Nunca pensei que precisaria de tanta coragem para dizer o que sentia.
Sempre achei que não precisava fazer nada, não precisava demonstrar. Afinal, ela sabia, deveria saber o que eu sentia.
Mas como era difícil, seguir em sua direção e dizer o quanto ela era importante e que, às vezes, a gente fala um monte de besteira, porque não sabe colocar em palavras as nossas preocupações, o nosso bem-querer.
Como era difícil dizer o quanto eu era seguro por ela ter sempre estado ao meu lado. Pode ter sido a vergonha, quem sabe o medo, mas o fato é que eu nunca tinha lhe dado a devida importância.
E segui, como sempre fiz, recebendo e não retribuindo carinho; sendo cuidado e não me dando conta que ela também precisava ser cuidada.
Nunca perguntei quais eram seus sonhos. Nunca perguntei quem ela era, além da pessoa que sempre cuidara de mim.
Foi numa tarde dessas qualquer, que me revoltei contra a sabedoria popular do "só dar valor quando se perde", e me dei conta o quanto estava longe da pessoa que sempre esteve tão perto de mim, pela impossibilidade de expressar o que se passava no meu coração. Então criei coragem, respirei fundo, enxuguei o suor frio de quem precisa dizer algo importante pela primeira vez e nem sabe como começar, e falei:
- Mãe, eu te amo!
Quatro palavras e uma longa jornada.
Nesse dia perdi a vergonha e ganhei uma amiga.
- Frank -
Londres, 29 de abril de 2003.
Mas como era difícil, seguir em sua direção e dizer o quanto ela era importante e que, às vezes, a gente fala um monte de besteira, porque não sabe colocar em palavras as nossas preocupações, o nosso bem-querer.
Como era difícil dizer o quanto eu era seguro por ela ter sempre estado ao meu lado. Pode ter sido a vergonha, quem sabe o medo, mas o fato é que eu nunca tinha lhe dado a devida importância.
E segui, como sempre fiz, recebendo e não retribuindo carinho; sendo cuidado e não me dando conta que ela também precisava ser cuidada.
Nunca perguntei quais eram seus sonhos. Nunca perguntei quem ela era, além da pessoa que sempre cuidara de mim.
Foi numa tarde dessas qualquer, que me revoltei contra a sabedoria popular do "só dar valor quando se perde", e me dei conta o quanto estava longe da pessoa que sempre esteve tão perto de mim, pela impossibilidade de expressar o que se passava no meu coração. Então criei coragem, respirei fundo, enxuguei o suor frio de quem precisa dizer algo importante pela primeira vez e nem sabe como começar, e falei:
- Mãe, eu te amo!
Quatro palavras e uma longa jornada.
Nesse dia perdi a vergonha e ganhei uma amiga.
- Frank -
Londres, 29 de abril de 2003.