TERRA
- Por Frank -
Quando acordei de mim, notei o azul. Não podia estar lúcido, só podia estar sonhando.
Quando acordei de mim, notei o azul. Não podia estar lúcido, só podia estar sonhando.
Ela era tão bela, que palavras me faltavam, aliás, nem precisava falar; ela era mais bela que qualquer palavra que podia pensar. Ela era o meu lar.
O azul encantava e, como pescador embebido de canto de sereia, passei a cantar uma velha música do Caetano: "Terra, Terra. Por mais distante..."
Que tinha feito pra merecer estar ali? - perguntava, mal acreditando que tudo aquilo podia ser verdade. Já ouvira antes que neguinho voador voara por ali, mas confesso que sempre achei conversa fiada de esquinas de botequim astral; mas eu estava ali, e tudo era tão normal, tão real e ao mesmo tempo surreal.
Não havia espaçonaves, não havia patrocínios, americanos ou russos; eu apenas voava pelo espaço e não tinha olhos para as estrelas, pois só olhava para ela.
O que diriam os poetas ao voarem e ficarem de frente para ela? Ficariam tentando entender, ou se jogariam na canção que continuava a ecoar: “Terra...”
P.S.: Totalmente apaixonado por esse planeta lindo e azul.
São Paulo, 27 de outubro de 2005.
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005. Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos. Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista on line de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br
O azul encantava e, como pescador embebido de canto de sereia, passei a cantar uma velha música do Caetano: "Terra, Terra. Por mais distante..."
Que tinha feito pra merecer estar ali? - perguntava, mal acreditando que tudo aquilo podia ser verdade. Já ouvira antes que neguinho voador voara por ali, mas confesso que sempre achei conversa fiada de esquinas de botequim astral; mas eu estava ali, e tudo era tão normal, tão real e ao mesmo tempo surreal.
Não havia espaçonaves, não havia patrocínios, americanos ou russos; eu apenas voava pelo espaço e não tinha olhos para as estrelas, pois só olhava para ela.
O que diriam os poetas ao voarem e ficarem de frente para ela? Ficariam tentando entender, ou se jogariam na canção que continuava a ecoar: “Terra...”
P.S.: Totalmente apaixonado por esse planeta lindo e azul.
São Paulo, 27 de outubro de 2005.
- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005. Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos. Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista on line de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente. www.ippb.org.br