DIÁLOGO EXTRAFÍSICO

(Conversando Fora do Corpo com um Amigo Espiritual Muito Querido)

- por Enki -

Olá amigo, como está?
Hoje sou eu que farei algumas perguntas para você.
Como se sentiria sendo o Sol a iluminar a todos nós?
Aliás, já discerniu sobre a iluminação espiritual?
Seria ela o final da jornada?
Ou o começo, o despertar?
Como se sentiria despertando-se no Sol?
Qual caminho seguiria?
Acaso o Sol não produz sombras?
Está ciente disso?
Como se sentiria sendo a Eternidade?
Quem é você?
Aliás, o que é Ser?
Querido amigo, retorne ao seu instrumento de trabalho no físico e diga aos seus companheiros de jornada o seguinte:
"Apenas sejam vocês mesmos, da melhor maneira possível, sem máscaras e hipocrisia.
Aquilo que você é, verdadeiramente, é o seu maior tesouro.
Pergunte-se: Quem sou eu?
Ligue cada ação do seu ser com o fio sutil e inquebrantável do AMOR.
E saibam que onde suas mãos estiverem, estarão as minhas.
Muita Paz!"

P.S.: Esses escritos são reminiscências de uma projeção extrafísica que tive com um amparador muito querido. O diálogo (na verdade, foi um diálogo transmental, no qual eu o questionava e, certas vezes, respondia aos questionamentos dele) não foi exatamente dessa forma, mas o contexto e a mensagem estão fiéis.
Agradeço à Mônica Allan por "sintonizar a minha antena consciencial" com esse amparador.
Quando falou de iluminação, o amparador chamou a atenção sobre um ponto muito importante: “Estar iluminado ou ser iluminado pressupõe a presença de algo que nos ilumine. Portanto, ainda não é o fim da jornada. Enquanto houver dualidade, ainda há sadhana (caminho, prática espiritual) para percorrer.”
Em outra projeção, esse amparador me disse: "Primeiro acordamos, depois nos levantamos e só aí fazemos o que temos a fazer. Vocês (a humanidade) ainda estão dormindo."
Quanto às sombras, ele estava falando sobre a interação de Brahman (o Todo) e Maya (a ilusão), que vela a consciência.
Ele falou muita coisa sobre a manifestação consciencial, sobre como geramos a realidade.
Também quis dizer que, quando a suposta iluminação vem, podemos escolher um caminho que, em lugar de iluminar as pessoas e dar clareza, pode deixar as coisas obscuras, pode confundir e iludir.
Isso foi um toque para que eu desse palestras de maneira cada vez mais simples, como se eu tivesse o compromisso de sintetizar tudo o que aprendi. Ele falou ainda que por mais que eu viva em Maya, a sombra em que eu me encontro é "mais clara" do que a penumbra que a maioria das pessoas se encontram. Aí ele completou dizendo que isso vale para todas as pessoas, pois o pouco que a gente sabe, vale muito para quem não sabe nada.
No que se refere à eternidade, ele falou que consiste em apenas Ser, estar presente. Isso é ser eterno. Ciente de si mesmo e do SER real (aí entra o lance de experimentar para perceber a essência).
Para SER, é necessário deixar de ser, ou seja, livrar-se dos apegos, desejos e carências (da personalidade transitória). Ele falou que a palavra SER está intimamente ligada a SABER.
Para finalizar, ele disse que a espiritualidade somos nós mesmos, ou o que escolhemos ser, dentro dessa nossa visão limitada do Todo.

Abraços fraternos.
São Paulo, 06 de agosto de 2003.

- Nota de Wagner Borges:

- Notas do Texto:
* Brahman (do sânscrito) - O Absoluto; O Supremo; Deus; O Todo que está em tudo!
* Sadhana (do sânscrito) - disciplina espiritual.
* Maya (do sânscrito) - ilusão.
* Amparador Extrafísico – mentor extrafísico; guia espiritual; benfeitor espiritual.
* Projeção Extrafísica – experiência fora do corpo; viagem astral; projeção astral; projeção da consciência; saída do corpo.
* Iluminação Espiritual – samadhi; expansão da consciência; consciência cósmica.
* Mônica Allan – criadora da Oficina do Riso. Ver sua coluna na revista on line de nosso site.

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