EIS-NOS AQUI, SENHOR!

"Eis-me aqui, Senhor!" - Ananias - Atos 9:10

Quanta beleza, Senhor, nas tuas dádivas... Quanta harmonia!

Tudo o que nos rodeia segue teus desígnios e, agradecida, toda a natureza te louva.

Os pássaros cantam todos dias, saudando o nascer do sol e o romper da noite com a mesma alegria e satisfação.
As flores te saúdam em todas as estações, exalando perfumes e exibindo cores como a emoldurar tua obra de criação.

As estrelas cintilam no veludo das noites e, ainda que encobertas por nuvens, seguem secretamente sua rota diária ao redor do universo.

Tudo é tão grandioso na tua obra, Pai, e, no entanto, não nos damos conta, já que tudo está à nossa volta dia após dia, sem falhar, sem mudar, sem cessar um minuto sequer.

Como pode, pois, o homem ainda perguntar-se quem é Deus? Ou, onde está?!

Tu estás em tudo e, no entanto, só te revelas aos que despertam para a necessidade de encontrar-te.

Tu a tudo governas, entretanto, dás a todos o livre-arbítrio, a liberdade de escolha, não te impondo a ninguém.

Tu a todos assistes sem exceção e, no entanto, permites que muitos imaginem poder caminhar por si mesmos nas estradas da vida..

Assim és, Pai Amoroso. Criaste os mundos e os homens e deste uns aos outros para que, juntos, todos pudessem, aos poucos, aprender a conhecer-te na alegria dos pássaros, na beleza das flores, na harmonia das estrelas e no respeito ao outro.

Assim és, Criador Compassivo. Não bastando todas maravilhas que nos doaste por acréscimo de misericórdia, ainda enviaste-nos tantos mestres, para nos guiarem para a senda clara e tranqüila da fraternidade e do amor.

Pai, como te agradecer tanta dedicação? Como louvar-te tanto desvelo e carinho? Como reconhecer teus gestos de profundo amor?

Só há uma única e justa maneira... Eis-nos aqui, Senhor! Seja, pois, feita a tua vontade, criando-se em nós e através de nós aquilo que a tua infinita sabedoria melhor convém, a fim de que tudo alcance a perfeição a que tu nos destinaste. Pois o que somos nós e para onde haveremos de nos conduzir se, em tudo, não pudermos nos voltar para ti procurando auxílio, orientação e amparo para o nosso coração abatido e desorientado?

- Maísa Intelisano – São Paulo, fevereiro de 1998.


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