CACHOEIRAS DA MÃE DIVINA

- Por Washington da Silva -


Por milhares de anos, estive em barulho profundo na minha alma.
Passei pela natureza e não aprendi quase nada Até que um dia, sem forças para a rebeldia, sentei-me naquela pedra e observei, Com carinho e humildade, o correr das águas das cachoeiras.
Em minha mente estavam todos os meus erros. E os de meus irmãos, também.
"Quando se tira o ego, o que sobra?"
Foi essa a pergunta que fiz a mim mesmo.
Tantas encarnações perdidas mesmo... E aquelas chegadas no Astral, Com a cara no chão...
Quantas burradas, quantas ciladas do ego... Quanta culpa ainda no coração...
E os olhares de reprovação dos encarnados!
Mas a Mãe Divina nunca me culpou, nunca me olhou feio, nunca deixou de me amar.
Seu amor sempre foi igual às águas das cachoeiras.
Suave, ritmado, pausado.
Mãe Divina, Senhora de todas as cachoeiras.
Cuide de todos nós... Sempre!

- Nota de Wagner Borges: Washington da Silva é professor de Português e Literaturas Brasileira e Portuguesa há mais de dez anos. É praticante de Yoga e amante da cultura da Antiga e Sagrada Índia, país que muito marcou a sua alma. É muito interessado na Filosofia do Tantra, especialmente as escolas que estudam e praticam o Maithuna (alquimia sexual). Apesar de amar várias filosofias da Índia, está sempre disposto a aprender tudo de outras escolas filosóficas espirituais ou não, a fim de colocar em prática na vida cotidiana. Atualmente, está dedicando-se ao Daime Xamanismo e aprendendo a ver a Natureza e a vida de outras formas... Para maiores detalhes sobre o seu trabalho, ver sua coluna na revista on line de nosso site – www.ippb.org.br

Imprimir Email