TORRE DE MARFIM - por André Luiz
Se escreves ou falas, na construção das verdades do espírito, não te distancies dos outros, a tal ponto que eles não possam aproveitar e compreender.
Impróprio viver de modo exclusivo no passado ou no futuro.
Para atender, hoje, convenientemente ao vizinho, não precisas abordar-lhe a residência, ocupando uma cadeirinha medieval ou fazendo acionar um foguete de astronáutica.
Impróprio viver de modo exclusivo no passado ou no futuro.
Para atender, hoje, convenientemente ao vizinho, não precisas abordar-lhe a residência, ocupando uma cadeirinha medieval ou fazendo acionar um foguete de astronáutica.
Lamentável o emprego de linguagem empolada ou fora de uso.
Pura ironia deitar consolo em sânscrito a pessoas desalentadas e tristes, neste momento, junto de nós.
Inadequado derramar intelectualidade excessiva, a propósito de todas as ocorrências.
O rio que lhe dá de beber não desemboca dentro de sua casa, mas sim pede torneira humildade que lhe gradue e corrente.
Contra-senso trancar-se no conhecimento superior, a pretexto de que a ignorância senhoreia os demais.
Ouro que não auxilia a ninguém, no critério da vida, é inferior ao calhau que defende uma planta.
Inútil fugir ao exame dos problema da Humanidade por mais escabrosos sejam.
Só porque se faça música sublime numa sala terrestre, não quer dizer que executores e ouvintes estejam imunizados contra a dor de cabeça.
Desistamos de ensinar quais fôssemos anjos.
Os sábios, para estudarem as constelações, no cimo dos observatórios não prescindem do pão que a terra produz.
Loucura menosprezar o trabalho dos outros.
A cooperação de que te vales na vida, queiras ou não, começa no lugar onde conversas, tanto quanto no papel ou na tinta com que grafas o pensamento.
Disparate enxergar valor somente no brilho da inteligência, menoscabando as outras atividades.
O sol refletindo no areal do deserto é um deslumbramento de luz mas arrasa qualquer caravana desprevenida.
Se desejas edificações espirituais, abraça o povo.
Recorda o Cristo descendo de remotas paragens do firmamento em auxílio dos homens, do contrário, podes ser um gigante de sensibilidade e cultura, mas não passarás de um tesouro pensante, em torre de marfim.
- André Luiz – Uberaba, 1964.
(Texto Extraído do livro “Sol nas Almas”; Recebido espiritualmente por Waldo Vieira; Editora Comunhão Espírita Cristã.)
Pura ironia deitar consolo em sânscrito a pessoas desalentadas e tristes, neste momento, junto de nós.
Inadequado derramar intelectualidade excessiva, a propósito de todas as ocorrências.
O rio que lhe dá de beber não desemboca dentro de sua casa, mas sim pede torneira humildade que lhe gradue e corrente.
Contra-senso trancar-se no conhecimento superior, a pretexto de que a ignorância senhoreia os demais.
Ouro que não auxilia a ninguém, no critério da vida, é inferior ao calhau que defende uma planta.
Inútil fugir ao exame dos problema da Humanidade por mais escabrosos sejam.
Só porque se faça música sublime numa sala terrestre, não quer dizer que executores e ouvintes estejam imunizados contra a dor de cabeça.
Desistamos de ensinar quais fôssemos anjos.
Os sábios, para estudarem as constelações, no cimo dos observatórios não prescindem do pão que a terra produz.
Loucura menosprezar o trabalho dos outros.
A cooperação de que te vales na vida, queiras ou não, começa no lugar onde conversas, tanto quanto no papel ou na tinta com que grafas o pensamento.
Disparate enxergar valor somente no brilho da inteligência, menoscabando as outras atividades.
O sol refletindo no areal do deserto é um deslumbramento de luz mas arrasa qualquer caravana desprevenida.
Se desejas edificações espirituais, abraça o povo.
Recorda o Cristo descendo de remotas paragens do firmamento em auxílio dos homens, do contrário, podes ser um gigante de sensibilidade e cultura, mas não passarás de um tesouro pensante, em torre de marfim.
- André Luiz – Uberaba, 1964.
(Texto Extraído do livro “Sol nas Almas”; Recebido espiritualmente por Waldo Vieira; Editora Comunhão Espírita Cristã.)