ELA! A MÃE DAS ÁGUAS
(Quando a Luz Desce em Forma de Mulher) - por Wagner Borges - Mãe das águas, Que sempre me toca no topo da cabeça E me faz pensar no Grande Espírito. Luz estelar em forma de mulher, Você não vê diferenças entre os povos. Nem separa o que é da Terra ou do Céu. Em seu coração, o amor fez tudo ser um!
Quando você chega, tudo muda, e o meu coração ri. No topo da cabeça, a luz violeta faz a festa no lótus das mil pétalas. Fico igual criança, querida. Criança de Manitu!* Sei que você trabalha anonimamente, no silêncio do “Amor Que Ama Sem Nome”. Mas, permita-me escrever algo sobre sua presença. Não por crença ou devoção cega, mas pela luz serena que você emana a favor de todos. Talvez outros sintam o seu perfume invisível nesses escritos. Amiga dos homens, como é linda essa luz rosada que emana de seu coração e de suas mãos. Os seus passos espirituais serenam minha mente e me fazem querer voar abraçado com você. Sabe, foi o meu coração que a chamou de Mãe das Águas. Mas ele não me explicou porque, só me disse: “É Ela!” Então, passei a chamá-la assim também. Querida, não tenho como colocar em palavras sua generosidade e sua gentileza. No entanto, mesmo assim me arrisco a escrever algo. Talvez outros corações sensíveis ao bem possam senti-la, invisivelmente, nestes escritos e digam, embevecidos: “É Ela!”. Mãe das águas**, valeu! Muito obrigado, por tudo! - Essas linhas são dedicadas aos curadores de todas as áreas e linhas, que, com seus chacras e suas mãos enchem os homens, da Terra e do Espaço, de luz e generosidade. São Paulo, 08 de junho de 2007. Notas: * Manitu - designação que os índios algonquinos, da América do Norte, dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas as coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades. Ou seja, O Grande Espírito. Para mais detalhes, favor ver o texto “Filhos de Manitu” – postado como texto 36 no ano de 1998 – na seção de textos periódicos do site do IPPB: www.ippb.org.br. ** A Mãe das águas é uma entidade extrafísica muito amorosa, que aparece como uma bela mulher indígena e que, ocasionalmente, se manifesta espiritualmente durante alguns trabalhos de assistência espiritual que realizo em meu lar. Trata-se de uma especialista em manipulação de energias da natureza, notadamente aquelas oriundas do elemento água – no caso, água doce, como aquelas de rios e cachoeiras. Há um texto em que falo de uma experiência fora do corpo com ela, ocorrida no ano de 2003, quando eu estava na cidade de Lugano, na Suíça, realizando um curso sobre as saídas do corpo para um grupo de estudantes de Ioga da cidade. Reproduzo o mesmo na seqüência. O PROJETOR AZUL E DOURADO VI O projetor azul e dourado despertou projetado fora do corpo nos planos sutis, em frente a uma cascata de energia azul. Ali também estavam centenas de outros projetores e projetoras, de diversos lugares do mundo, bem lúcidos quanto à sua condição projetiva. Todos ali tinham sido convocados àquelas paragens luminosas por um mestre extrafísico que lhes daria algumas orientações em relação à iniciação espiritual e aos trabalhos projetivos. Bem no meio da cascata azulada surgiu uma passagem retangular dourada. Dela emergiu um senhor calvo e de barbas brancas, vestido com uma túnica branca no estilo grego da época do sábio Sócrates. Sua figura emanava aquela atmosfera respeitável dos antigos hierofantes dos mistérios gregos, mestres das iniciações espirituais herdadas dos antigos hermetistas egípcios de tempos idos. Em seguida, emergiu de dentro da passagem dourada uma jovem moça índia pele-vermelha. Ela estava vestida à moda indígena norte-americana e deslizava sentada no ar, com as mãos unidas em frente ao peito. Sua presença trouxe um certo perfume que todos os projetores sentiram como uma fragrância de puro deleite suave. Imediatamente, o projetor azul e dourado foi tomado de forte emoção, pois aquela era a maravilhosa amparadora que já lhe havia aparecido em outras oportunidades e enchido o seu coração de amor incondicional. No entanto, para preservar sua lucidez extrafísica, ele procurou acalmar suas emoções e concentrou-se mentalmente num mantra suave dentro do coração: "Om Shanti, Om Shanti, Om Shanti…" Naquele ambiente, os homens e mulheres projetados sentiam-se tocados por perfumadas ondas serenas de amor. Algo lhes dizia interiormente que estavam recebendo eflúvios sutis que lhe escapavam aos sentidos extrafísicos. Havia "graça" no ar. Em silêncio respeitoso, eles apenas se entreolhavam com os olhos extrafísicos – paraolhos - brilhando no reflexo de suas lágrimas suaves. Aqueles homens e mulheres ali projetados , de olhos astrais coruscantes e semblantes enternecidos, pareciam uma assembléia secreta de iniciados tocados pelo AMOR MAIOR QUE GERA A VIDA. Os seus envoltórios físicos estavam adormecidos em lugares diferentes do plano físico, mas os seus corações e mentes estavam interligados na mesma Luz espiritual. Os seus corações respiravam a mesma essência sutil. E eles se sentiam em casa. Enquanto a amparadora permanecia sentada no ar observando, o senhor de roupa grega dirigiu-se aos projetores e disse-lhes mentalmente: "Meus irmãos de jornada espiritual, é pela graça do Supremo Senhor da Vida que nos encontramos aqui, nesse colóquio espiritual. Muitos outros gostariam de estar aqui também, mas vocês foram atraídos pelos objetivos que já pulsavam em seus corações. As jornadas para fora do carro somático são naturais e inerentes ao potencial do próprio espírito reencarnado. Porém, o acesso aos planos sutis durante as jornadas extrafísicas é fruto dos pensamentos e sentimentos nobres e éticos do viajante espiritual. Mediante as vibrações propagadas na própria aura -psicosfera - do projetor, observa-se o seu nível espiritual e as condições energéticas do seu veículo parassomático. Com as credenciais dos bons propósitos evidenciadas em suas energias, o projetor recebe a assistência dos mentores elevados, que providenciam o necessário aporte vibracional para sua passagem pelos portais inter-planos, até os níveis extrafísicos de manifestação lúcida e serena. Tal possibilidade de acesso a essas paragens elevadas constitui uma das grandes riquezas das viagens espirituais. Portanto, cada um de vocês aqui presente é veículo de celestes numes e de sentimentos nobilitantes que capacitaram sua chegada até este plano repleto de luz serena. Valorizem a oportunidade e agucem os sentidos extrafísicos para registrar o máximo possível dos apontamentos conscienciais que lhes serão passados pela nossa elevada amiga aqui presente nesse colóquio de espíritos conscientes. Antes, ainda, peço a todos que calem momentaneamente os questionamentos inerentes à própria curiosidade intelectual e apenas recebam direto no coração as benesses dispensadas por essa amorosa companheira que hoje nos agracia com sua augusta presença. Percebam a importância do ‘silêncio mental’ na recepção das idéias elevadas e aquietem suas emoções. É hora da integração do amor pacífico com a lucidez serena. Abram o coração e a consciência ao influxo das ondas serenas gentilmente vertidas pela amparadora e irmã na intenção do progresso consciencial de vocês. É hora de vocês serem iniciados espiritualmente pelos toques da Mãezinha Serena.” A seguir, ele se afastou um pouco, concentrou-se e uniu as mãos numa atitude de prece silenciosa. Em torno dele surgiu uma aura dourada, e no centro de sua testa – paratesta - surgiu uma pequena jóia azulada. Ao mesmo tempo, a amparadora dirigiu-se aos projetores e comunicou-se mentalmente: "A iniciação espiritual é preencher a consciência de sabedoria, amor e luz integrados. É sorrir em meio às dimensões e caminhar cheio de contentamento e confiança. É vislumbrar os objetivos com olhar luminoso e tocar espiritualmente todos os seres. É perceber a Luz Suprema brilhando em tudo. É ser consciente da dança multicolorida das energias em todos os lugares. É desvanecer qualquer névoa cinzenta nos pensamentos. É dissolver os nós que seguram o divino potencial dentro de si mesmos. É amar em silêncio e nunca se decepcionar com alguém. É respeitar os limites dos outros e esforçar-se continuamente em transcender as influências psicofísicas. É amar e bailar com a Luz. É voar consciente e enamorado das energias generosas e cheias de vida e plenitude. É sorrir no vôo e agradecer a graça do discernimento espiritual." Sentada no ar, a Mãezinha Serena olhou ternamente para o grupo de projetores, como se quisesse tocar a cada um deles individualmente. Como se eles fossem seus filhos queridos. E cada um deles sentiu que estava recebendo uma benção muito especial. Depois, ela recuou sentada no ar, fez um gesto de saudação a todos e entrou de volta na passagem dourada em meio ao fluxo da energia azulada da cascata. Logo a seguir, o mentor grego dirigiu-se para a mesma passagem. Porém, ele parou no meio dela, voltou-se e ficou ali olhando o grupo. Enquanto o seu corpo espiritual lentamente de desvanecia em meio ao dourado da passagem, ele ainda lhes disse com lágrimas nos olhos: "A Mãezinha Serena opera grandes milagres na natureza. É portadora de bênções e aplaina o caminho para os buscadores da verdade. Sua Luz perfura as camadas da ignorância e atrai os espíritos para as regiões da Luz. O seu semblante é suave, e os seus olhos ardem de Amor sublime. Ela irradia a sabedoria no âmbito das escolhas terrenas, e onde ela se manifesta, as consciências são transformadas pelo seu toque de compaixão. Meus irmãos de jornada espiritual, voltem para os seus envoltórios de prova e aprendizado na crosta da Terra e compartilhem a bênção da Mãezinha Serena com os seus irmãos terrenos. Lembrem-se do olhar terno que iniciou vocês nessa noite abençoada. Pratiquem o bem sem exigir compreensão de ninguém. A semente espiritual está em seus corações. Reguem-na com bom senso, amor e alegria. Trabalhem corretamente com as idéias espirituais em seus atos diários. Sempre respeitem as opções alheias, mesmo que sejam diferentes das suas. E diante das agruras e incompreensões do mundo, respondam com o silêncio que trabalha. Agora, voltem para o carro somático sentindo o perfume espiritual da Mãezinha Serena." Enquanto ele mudava de plano vibracional dentro da passagem, os projetores alçaram vôo e seguiram para onde os seus corpos repousavam da lida terrena. Eles voaram felizes de volta, pois o perfume da Mãezinha estava em seus corações para sempre. ** P.S.: Esses escritos são dedicados a todas as mães, encarnadas e desencarnadas, pois somente o coração feminino é capaz de amar os filhos de forma muito especial. No silêncio do olhar de uma mãe, o brilho do amor. Em suas lágrimas, um universo de emoções desconhecidas dos homens. Em seus seios, a seiva da vida. Em seu abraço, o acalanto ao companheiro e ao filho. Em seu coração, a prece à Mãe Divina. Às mães de todos os lugares, Paz e Luz. - Wagner Borges - Lugano, Suíça - 19 de junho de 2003. Notas: * Os textos do “Projetor Azul e Dourado” fazem parte de uma série de textos projetivos que revela alguns aspectos importantes na abordagem da projeção da consciência. Até o momento foram escritos sete textos, que estão disponibilizados juntos em minha coluna do site do IPPB – www.ippb.org.br – no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2375. * Hierofante - na tradição hermética é o mestre iniciador que toma sob seu comando a instrução e as provas iniciáticas dos neófitos. * Om Shanti - do sânscrito – paz divina. Om: A vibração do Todo que está em tudo; o verbo divino. – Shanti: Paz espiritual. * Mantra - do sânscrito – palavra oriunda de Manas: Mente; e Tra: Controle; liberação – Literalmente, significa "Controle ou liberação da mente". Determinadas palavras evocam uma atmosfera superior que facilita a concentração da mente e a entrada em estados alterados de consciência. Os mantras são palavras dotadas de particular vibração espiritual, sintonizadas com padrões vibracionais elevados. São análogos às palavras-senhas iniciáticas que ligam os iniciados aos planos superiores. Pode-se dizer que os mantras são as palavras de poder evocativas de energias superiores. Como as palavras são apenas a exteriorização dos pensamentos revestidos de ondas sonoras, pode-se dizer também que os mantras são expressões da própria mente sintonizada em outros planos de manifestação. * Amparador - entidade extrafísica e positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; mentor extrafísico; mestre extrafísico; companheiro espiritual; protetor astral; auxiliar invisível; guardião astral; guia espiritual. * Aura – do latim: aura, sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete energeticamente o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético. * Projetor (a) – é a pessoa que se projeta para fora do corpo físico; viajante astral; viajante da alma; viajor extrafísico; projetor astral; projecionista. * Projeção da consciência – é a capacidade parapsíquica - inerente a todas as criaturas - que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico. Sinonímias: Viagem astral – Ocultismo. / Projeção astral – Teosofia. / Projeção do corpo psíquico - Ordem Rosacruz. / Experiência fora do corpo – Parapsicologia. / Viagem da alma – Eckancar. / Desdobramento, Desprendimento espiritual ou Emancipação da alma - Espiritismo. * Numes – vibrações sutis; energias superiores. * Soma – do grego – corpo físico. * Psique – do grego – alma. * Psicossoma – veículo de manifestação pelo qual a consciência se manifesta no plano extrafísico; corpo astral; perispírito; corpo espiritual; astrossoma; corpo dos desejos; corpo psíquico; corpo emocional; corpo fluídico; corpo sutil; duplo astral.