PREMA X KAMAS (AMOR INCONDICIONAL X EMOÇÕES DENSAS)
OBS. Esses escritos foram enviados como resposta e esclarecimento a um leitor que enviou-me um e-mail com o seguinte:
"O amor é, de certo, a melhor arma de destruição em massa. Entretanto, todos nós fazemos parte de um exército que tem o coração como arma. Matamos... Morremos... Pelo amor e não pelo ódio".
Penso que a resposta que enviei a ele poderá ser útil a outros leitores também. Por isso estou postando-a na seqüência, naturalmente que preservando a identidade e o e-mail do leitor em questão.
* * *
“Olá.
Entendi o que você quis dizer nessas poucas palavras.
Porém, não é o amor que mata ou destrói. O que faz isso são as nossas emoções densas (paixões desvairadas, apegos ridículos, medos e coisas estranhas entranhadas em nossos corações).
O problema é que os seres humanos chamam de amor esse monte de emoções
estranhas. E isso não é amor, que é um estado de consciência e não depende de fatores externos para existir ou ser estimulado.
Para esclarecer essa confusão de "paixão X amor real", os antigos mestres hindus chamavam o amor de Prema, palavra sânscrita que significa amor incondicional. E diziam que esse era o amor dos grandes mestres. Já o amor humano, considerado fajuto por eles, pura emoção densa disfarçada com tesão e apego juntos, e muito medo e ciúmes acoplados, era considerado uma manifestação de Maya**, a ilusão.
Pois é esse amor fajuto, comandado por Maya, que é o responsável por muitas
manifestações emocionais egoístas de nossa parte. Já o amor incondicional, prema, é só paz e alegria no coração.”
Paz e Luz para você.
- Wagner Borges -
Notas do sânscrito:
* Prema: Amor incondicional; Amor divino X Kamas: Desejos densos; Emoções densas.
** Maya: A Ilusão.
*** Deixo para você, na seqüência, um texto do Mauricio Santini, (está postado em sua coluna da revista on line de nosso site), que fala justamente sobre as emoções e o amor.
O VÍRUS DA PAIXÃO
Os laboratórios de manipulação deveriam criar uma fórmula que pudesse combater a “paixão”, vírus estúpido que embota o ser humano, vez em quando. O vírus “paixão” infecta centenas de milhares de infelizes que vagueiam, aturdidos, em busca de sorver a energia da vítima. E o pior é que os contaminados se sentem felizes, acolhidos e de bem ilusório com o mundo.
Os sintomas deste mal são diversos, dos físicos aos morais: cegueira e problemas oftálmicos como dilatação da pupila e visão turva, alucinações, tontura – na própria acepção da palavra, males do aparelho digestório, insônia, dores de cabeça freqüentes (no momento ou depois), suores, fraqueza (orgânica e de caráter), entre outros.
Os remédios que combatem esta enfermidade podem vir com rótulos como “desapaixonite” ou mesmo “desbesteirol”, ou, porque não, “destontex”. Os elixires também podem servir à medicina preventiva. Assim, quem não deseja ser contaminado, toma vacinas tipo “bomsensonol” ou “sabedorite” ou mesmo “amorex”.
A doença, ocasionada por este vírus, parte do pressuposto que o homem deve procurar a sua alma gêmea, como se o Universo inteiro não fosse “gêmeo”. Essa busca sedenta, na maioria das vezes sem critérios, deseja a famigerada metade da laranja, o que torna as pessoas vulneráveis e dependentes de algo que nunca encontram. A procura, sem dúvida alguma, é uma das causas principais da infelicidade suprema nas pessoas, em conjunto com a procura vampiresca do sexo pelo sexo (roubo e descarga de energia - parte animal que ainda nos cabe e faz com que pensemos com e na cabeça de baixo, boicotando a de cima).
Isso não quer dizer que devemos nos tornar castos e intocáveis, porém, uma certa dose de equilíbrio e lucidez evita a contaminação. O sexo é uma poderosa usina de energia quando muito bem canalizada. Escoar esta energia e descarregá-la em qualquer “vaso de sêmen”, não traz benefício algum – é como se abríssemos uma torneira para o nada. Um outro agravante é que, quando se “transa” com alguém, as auras e os campos energéticos se fundem e a contaminação energética é obrigatória. Isso quer dizer que você pode estar dormindo literalmente com o inimigo e nem de dá conta disso. Mas, isso são outros quinhentos, aliás, quinhentos anos a mais de encrencas cármicas.
Para finalizar, a bactéria apaixonante se instala nas partes baixas do organismo: do aparelho digestório (sede das emoções) aos pés, que sempre trilham por vias perigosas. As pernas ficam bambas e se confundem, numa dança insana e trôpega. O resultado final disso tudo, ou seja, seu estágio derradeiro, é quase sempre traumático. Culpa, autoculpa, desrespeito mútuo, descalabro, vingança, ira, baixa-estima, solidão.
Previna-se! Ao contrário da opinião da maioria contaminada, o Ministério do Bom Senso adverte: paixão é prejudicial à saúde!
Já o amor verdadeiro... Ah, esse é a cura real das paixões desvairadas.
- Mauricio Santini -
São Paulo, 26 de maio de 2004.
"O amor é, de certo, a melhor arma de destruição em massa. Entretanto, todos nós fazemos parte de um exército que tem o coração como arma. Matamos... Morremos... Pelo amor e não pelo ódio".
Penso que a resposta que enviei a ele poderá ser útil a outros leitores também. Por isso estou postando-a na seqüência, naturalmente que preservando a identidade e o e-mail do leitor em questão.
* * *
“Olá.
Entendi o que você quis dizer nessas poucas palavras.
Porém, não é o amor que mata ou destrói. O que faz isso são as nossas emoções densas (paixões desvairadas, apegos ridículos, medos e coisas estranhas entranhadas em nossos corações).
O problema é que os seres humanos chamam de amor esse monte de emoções
estranhas. E isso não é amor, que é um estado de consciência e não depende de fatores externos para existir ou ser estimulado.
Para esclarecer essa confusão de "paixão X amor real", os antigos mestres hindus chamavam o amor de Prema, palavra sânscrita que significa amor incondicional. E diziam que esse era o amor dos grandes mestres. Já o amor humano, considerado fajuto por eles, pura emoção densa disfarçada com tesão e apego juntos, e muito medo e ciúmes acoplados, era considerado uma manifestação de Maya**, a ilusão.
Pois é esse amor fajuto, comandado por Maya, que é o responsável por muitas
manifestações emocionais egoístas de nossa parte. Já o amor incondicional, prema, é só paz e alegria no coração.”
Paz e Luz para você.
- Wagner Borges -
Notas do sânscrito:
* Prema: Amor incondicional; Amor divino X Kamas: Desejos densos; Emoções densas.
** Maya: A Ilusão.
*** Deixo para você, na seqüência, um texto do Mauricio Santini, (está postado em sua coluna da revista on line de nosso site), que fala justamente sobre as emoções e o amor.
O VÍRUS DA PAIXÃO
Os laboratórios de manipulação deveriam criar uma fórmula que pudesse combater a “paixão”, vírus estúpido que embota o ser humano, vez em quando. O vírus “paixão” infecta centenas de milhares de infelizes que vagueiam, aturdidos, em busca de sorver a energia da vítima. E o pior é que os contaminados se sentem felizes, acolhidos e de bem ilusório com o mundo.
Os sintomas deste mal são diversos, dos físicos aos morais: cegueira e problemas oftálmicos como dilatação da pupila e visão turva, alucinações, tontura – na própria acepção da palavra, males do aparelho digestório, insônia, dores de cabeça freqüentes (no momento ou depois), suores, fraqueza (orgânica e de caráter), entre outros.
Os remédios que combatem esta enfermidade podem vir com rótulos como “desapaixonite” ou mesmo “desbesteirol”, ou, porque não, “destontex”. Os elixires também podem servir à medicina preventiva. Assim, quem não deseja ser contaminado, toma vacinas tipo “bomsensonol” ou “sabedorite” ou mesmo “amorex”.
A doença, ocasionada por este vírus, parte do pressuposto que o homem deve procurar a sua alma gêmea, como se o Universo inteiro não fosse “gêmeo”. Essa busca sedenta, na maioria das vezes sem critérios, deseja a famigerada metade da laranja, o que torna as pessoas vulneráveis e dependentes de algo que nunca encontram. A procura, sem dúvida alguma, é uma das causas principais da infelicidade suprema nas pessoas, em conjunto com a procura vampiresca do sexo pelo sexo (roubo e descarga de energia - parte animal que ainda nos cabe e faz com que pensemos com e na cabeça de baixo, boicotando a de cima).
Isso não quer dizer que devemos nos tornar castos e intocáveis, porém, uma certa dose de equilíbrio e lucidez evita a contaminação. O sexo é uma poderosa usina de energia quando muito bem canalizada. Escoar esta energia e descarregá-la em qualquer “vaso de sêmen”, não traz benefício algum – é como se abríssemos uma torneira para o nada. Um outro agravante é que, quando se “transa” com alguém, as auras e os campos energéticos se fundem e a contaminação energética é obrigatória. Isso quer dizer que você pode estar dormindo literalmente com o inimigo e nem de dá conta disso. Mas, isso são outros quinhentos, aliás, quinhentos anos a mais de encrencas cármicas.
Para finalizar, a bactéria apaixonante se instala nas partes baixas do organismo: do aparelho digestório (sede das emoções) aos pés, que sempre trilham por vias perigosas. As pernas ficam bambas e se confundem, numa dança insana e trôpega. O resultado final disso tudo, ou seja, seu estágio derradeiro, é quase sempre traumático. Culpa, autoculpa, desrespeito mútuo, descalabro, vingança, ira, baixa-estima, solidão.
Previna-se! Ao contrário da opinião da maioria contaminada, o Ministério do Bom Senso adverte: paixão é prejudicial à saúde!
Já o amor verdadeiro... Ah, esse é a cura real das paixões desvairadas.
- Mauricio Santini -
São Paulo, 26 de maio de 2004.