1531 - REGENERAÇÃO - DA LAMA PARA A LUZ - II*
REGENERAÇÃO - DA LAMA PARA A LUZ - II*
(Depoimento Espiritual Sobre as Condições Extrafísicas do Suicídio)
Boa a noite a todos vocês.
Nós fomos muito infelizes em nossas escolhas e caminhos.
Erramos feio! E pagamos o preço em culpa e aflição.
Entramos num calabouço mental, feito por nós mesmos.
E ali ficamos, remoendo muitas coisas, sem riso e sem alegria.
Ah, nós tentamos matar nossa própria consciência!
Queríamos fugir, mas nos acorrentamos a dramas maiores.
Ficamos “sem eira nem beira”, a mercê das correntes astrais.
Chafurdamos no lodo de nossa negação da vida... E soçobramos.
Destruímos o nosso corpo físico e causamos dor à nossa família.
No final, de que adiantou?... Não matamos nossas consciências!
E ainda acumulamos o peso da culpa, pois o suicídio é uma grande mentira.
Nossos corpos feneceram, mas continuamos vivos e pensantes.
Nós entramos numa furada, a maior de todas. E nos atolamos...
Até que fomos socorridos por abnegados benfeitores espirituais.
Eles nos resgataram da dor e da culpa e nos fizeram ver a verdade.
Com carinho, eles nos banharam nas luzes curativas e nos esclareceram.
Com paciência, eles não nos julgaram, só nos acolheram com todo Amor.
E nos fizeram valorizar o dom da vida e nos devolveram a capacidade de rir.
Diante deles, nós choramos muito e expurgamos as nossas ilusões.
Eles nos devolveram a capacidade de sentir amor e ter esperança.
Eles nos trataram com arte-terapia e nos fizeram gostar de música boa.
Eles nos deram a vida de volta e a força para encarar os nossos desafios.
Nos fizeram entender que felizes são aqueles que já venceram a si mesmos.
Eles nos falaram de um Grande Amor que está em tudo! E que a tudo compreende...
E, pela intercessão deles, vamos viver na Terra novamente, dessa vez, sem fuga.
Ah, meus amigos aqui presentes, nós éramos transfugas e deixamos a desejar...
Mais à frente, teremos que enfrentar os problemas dos quais quisemos fugir.
Não teremos facilidades, mas já sabemos do poder da Luz e do Amor.
Confiamos que Deus e os seus benfeitores nos ajudarão nessa superação vital.
Vamos viver novamente! Vamos sonhar e brincar. E, dessa vez, vamos arrasar!
Hoje, nós queremos compartilhar essa alegria com vocês: voltamos a rir.
E dizemos a todos: “valorizem o dom da vida e não deem trelas ao que é negativo.”
P.S.:
Em breve, nós seremos os novos Joãozinhos e Marias por esse Brasil...
E, dessa vez, vamos vencer as provas do caminho.
Quem sabe, talvez até nos encontremos por aí...
Pois essa é a beleza da vida: o encontro entre os seres.
Ah, acima de nós brilha um Grande Amor...
Nós vamos descer por Ele, que nos compreende.
E agradecemos muito aos benfeitores espirituais que nos acolheram.
Pela luz, pelo amor, pela música boa, pela arte que cura, pelo riso...
Enfim, pela presença de vocês, aqui e agora, nas Asas do Espiritualidade.
Nós agradecemos a todos vocês, pois, em nosso tratamento, só faltava isso:
Darmos o nosso depoimento, como forma de esclarecimento e alerta.
E, hoje, assim fazendo, cumprimos uma etapa e vamos em frente...
(Não vivam só por viver. Vivam com admiração! E não deixem de rir).
- Anônimo -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)
- Nota de Wagner Borges:
Enquanto eu recebia esse depoimento extrafísico, rolava aqui no meu som o belo CD “Dos Confins do Céu”, do meu grande amigo Aurio Corrá. E eu sempre me emociono muito quando escuto a música “Nos Jardins do Céu” (segunda faixa do disco).
Então, como os espíritos também falaram de cura musical “do lado de lá”, penso que essa música do querido Aurio é a trilha sonora adequada para o depoimento deles.
Eu sei que o Aurio ficará muito contente quando souber disso: que, mais uma vez, a música dele também é escutada “Nos Jardins do Céu”**.
Paz e Luz.
- Notas do Texto:
* A primeira parte desse texto está postada no site do IPPB, no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/textos/1234-regeneracao-da-lama-para-a-luz
** Link do Youtube para quem quiser ouvir as lindas músicas do CD “Dos Confins do Céu”: https://www.youtube.com/watch?v=fzyMP5Xv9DE
(Texto extraído da contracapa do CD “Dos Confins do Céu”, de Aurio Corrá:
“Dos Confins do Céu é um conjunto de peças musicais compostas em diferentes épocas. Estas composições encontravam-se arquivadas, e jamais pensamos que, algum dia, seriam gravadas e lançadas em CD.
São pequenos ensaios musicais que foram escritos apenas com a finalidade de expressar algumas experiências pessoais vividas em outras dimensões durante o sono.
O que para algumas pessoas é apenas um sonho e nada mais, para outras, mais sensibilizadas, esses sonhos são experiências realmente vividas e sentidas pela alma em outras esferas, às quais só podemos ter acesso no estado de sono profundo.
Não temos, é bem verdade, como comprovar a veracidade e a realidade destes fenômenos, mas também não provamos o contrário.
O que sabemos, apenas, é que todos os seres nesta Terra já experienciaram e vivenciaram, um dia, a profunda e nítida sensação, ao acordar, de realmente ter estado em algum lugar fora da nossa orla terrestre, de ter se encontrado e conversado com pessoas belas e cheias de carinho, caminhado entre imensos jardins, onde, inexplicavelmente, sentiram o aroma das flores, o calor do ar, a grama sob os pés, a sensação quase mágica da completa ambiência destes campos tão distantes, em algum ponto de outra dimensão, onde a nossa consciência se expande e cenas maravilhosas se abrem aos olhos de nossa alma.
Os nomes dados a estes fenômenos são muitos: desdobramento, sonhos lúcidos, percepção fora do corpo, e outros... não importa!
O que realmente é importante é que, após passarmos por tais experiências, ficamos com a sensação de um profundo conforto interior, e que nós somos algo a mais, e que alguma coisa há além de nossa atual condição vibratória; que a consciência é como um todo, é uma essência fora do tempo, sem começo e sem fim.
Com as músicas desse CD, espero poder tocar outras almas que já tiveram o mesmo privilégio de terem estado, em algumas noites, “Nos Confins do Céu”!
Sei muito bem que estas pessoas compreenderão plenamente o que eu tento dizer através destas melodias, porque, pelas palavras, nunca seríamos capazes de descrever o que vimos...”)
Obs.: Deixo, na sequência, um texto da Companhia do Amor, justamente esclarecendo sobre as condições conscienciais daqueles que cometeram o suicídio do corpo. É um texto direto e contundente, mas repleto de esclarecimento, Luz e Amor. Penso que sua leitura acrescentará vários detalhes adicionais ao depoimento espiritual de hoje.
SUICÍDIO: UMA GRANDE LAMBANÇA!
(Falando na Lata Sobre Vida Após a Morte)
Dá um dó danado ver alguns desencarnados ainda pensando em suicídio.
O problema deles não é ter saído do corpo de vez, pois era isso que eles queriam quando estavam dentro da carne.
Acontece que não rolou o que eles queriam verdadeiramente: o apagão da lucidez, para não ter mais que existir e pensar naquilo que eles não conseguiam enfrentar nas provas da vida.
Eles descobriram que matar o corpo não significa matar a consciência. E que, dentro ou fora da carne, eles continuam os mesmos, nem mais nem menos. As coisas ruins e boas estão neles mesmos, bem lá dentro de seus espíritos.
Sair do corpo não muda ninguém, só joga o espírito de volta ao seu lugar de origem, no Astral, de encontro a si mesmo, sem máscaras, carregando por dentro suas próprias características de pensar e sentir. Essa é a verdade que eles encontraram.
Não conseguiram morrer, só saíram de vez de seus corpos. O suicídio não resolveu seus problemas e ainda lhes tirou o veículo físico, por onde poderiam se expressar no plano físico para aprender as lições tão necessárias ao seu progresso.
Não se resolveram com a vida nem com as pessoas. Perderam o rumo de si mesmos e entraram em rotas perigosas, prescindindo da razão e do amor, e muitas vezes, por motivos passageiros, como tudo na vida. Deixaram-se levar por climas pessimistas e, quando se deram por si, o estrago já estava feito.
Muitos deles tentaram se justificar usando mil motivos diferentes, sempre escorados em pesadas cargas emocionais e lamentos variados. Ou seja, eram mestres em reclamar da vida e das provas a que estavam submetidos. Julgavam-se vitimados pelas circunstâncias e pelas pessoas, esquecendo-se de que eles mesmos se permitiram ser machucados e rebaixados em sua autoestima. Não souberam relevar nem olhar os eventos com outra visão, além de seus apegos e frustrações.
Poderiam fazer a vida de outros jeitos, se não se julgassem vítimas do destino e escolhidos pela má sorte. Poderiam ter lutado e não ter dado guarida às emoções negativas. Poderiam muitas coisas... Mas, dentro deles, o ego negativo era tinhoso demais. Sempre arranjavam um motivo para rebaixar a autoestima e sentir-se desdenhado da sorte. Uma hora era a infelicidade no amor; outra hora era a perda de um parente ou de um amigo. Em alguns momentos, xingaram até a Deus e abominaram o valor da vida. Não conseguiam encaixar os golpes cármicos* e tirar as lições deles, tudo por causa do ego reclamão e com complexo de vítima.
Meditar ou rezar para ganhar força e paciência, nem pensar. Em lugar disso, carradas de ironias e imprecações descabidas. Seguir algum caminho espiritual para tentar compreender o lado oculto das coisas e encontrar algum significado em suas vidas, coisa nenhuma! A praia desses caras era o pessimismo e a revolta.
Tanto fizeram, que acabaram detonando o corpo físico e perdendo o trem da vida. Mas, pegaram o trem do Astral... E chegaram na estação do Umbral!**
Alguns se tocaram da lambança que fizeram, mas outros ainda se revoltaram (força de hábito é fogo... faziam isso na Terra, hoje repetem no Astral), e ficam gritando que querem morrer a qualquer custo. Não se tocaram de que não é possível morrer como espírito. Não notaram que na natureza das coisas nada morre, tudo se transforma.
Porém, a única coisa que se transformou para eles foi o meio ambiente, agora extrafísico, regulado por outras condições e parâmetros. Por dentro, os caras não mudaram nada! Que coisa louca! Que desperdício! Que mancada! Que lambança!
Por quanto tempo eles irão gritar, perdidos em si mesmos nas brumas do nada que tentaram abraçar com tanto ardor? Aliás, que ironia. Tiveram coragem para destruir o corpo, mas não tiveram a mesma fibra para aguentar o tranco de viver.
Não sei por quanto tempo eles ficarão nessa agonia. Mas sei que há espíritos de Luz olhando por eles e esperando o momento apropriado para abordá-los na ajuda espiritual. Também sei que as preces e energias emanadas na intenção deles, pelas pessoas bondosas da Terra, ajudam muito em sua recuperação. Como também sei que O Papai do Céu lhes dará novas chances de vida, mais à frente, nos eternos caminhos do aprendizado e da evolução.
Mas, dá um dó danado desse pessoal chorão! É triste vê-los clamando por uma morte que nunca virá. Embaixo da terra, os seus corpos já eram. Em cima, no Astral, eles continuam sendo consciências bem vivas. Tomara que eles aprendam logo essa lição e toquem a bola para frente, para outras jogadas, quiçá, mais felizes.
Oportunamente, O Papai do Céu lhes dará a chance de jogarem o jogo da vida carnal novamente. Terão outros uniformes (corpos) e se apresentarão em campo para outras partidas. E, pela bondade de Deus, eles deixarão de ser pernas-de-pau (reclamões) e se transformarão em craques da vida.
P.S.:
Nós aqui, da Companhia do Amor, não sabemos tudo. Não somos sábios espirituais nem mestres de ninguém. Mas jogamos limpo e fazemos aquilo que O Papai do Céu nos pede sempre: “falar na lata as verdades espirituais, sem rabo preso com nada, direto na veia, como manda o figurino”.
Somos leais e bem espertos (ou seria despertos?), e valorizamos demais o dom da vida. E o amor é a coisa mais bonita que existe.
NINGUÉM MORRE. A VIDA CONTINUA. VAMOS JOGAR...
Na Terra ou no Astral, sejamos craques (muito felizes), jogando um bolão nos eternos campos da vida... fazendo golaços (atitude bacanas), balançando a rede e correndo para a galera (os amigos, dessa e de outras vidas), sem esquecer de agradecer ao Papai do Céu, o Dono de todos os campos e uniformes e também de todas as bolas (planetas) que rolam no gramado sideral.
O mantra de hoje é: “OM SEJA FELIZ OM!”***
Ou, seria melhor: “OM CRAQUE OM!”?
A Companhia do Amor vai nessa e deixa uma Axézão para todos os leitores inteligentes e sensíveis à alegria de viver.
(Texto publicado na “Revista Espiritismo e Ciência” – Número 40 – Páginas 33-35 – Mythos Editora).
- Companhia do Amor -
A Turma dos Poetas em Flor****.
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)
- Notas:
* Cármicas – do sânscrito, karma - ação, causa - toda ação gera uma reação correspondente; toda causa gera o seu efeito correspondente. A esse mecanismo universal os hindus chamaram carma. Suas repercussões na vida dos seres e seus atos podem ser denominados de consequências cármicas.
** Umbral – Plano astral denso; Geena; Hades; inferno.
*** Om - do sânscrito - é o principal mantra da cosmogonia hinduísta; é o Verbo Divino (em sânscrito, Shabda ou Pranava), que vibra espiritualmente em todas as coisas. É o som da criação. É o canto de Deus em tudo. É o som espiritual dentro de todos os seres. Resumindo: é o mantra do Todo em tudo!
**** A Companhia do Amor é um grupo de escritores e poetas extrafísicos brasileiros que me passa textos bem divertidos e despojados. Seu objetivo desse grupo é mostrar que não existe apenas vida após a morte, mas também muita Alegria e Amor.
Como seus textos são direcionados a população urbana, e eles não têm a menor pretensão de se passar por sábios espirituais, e nem estão compromissados com nenhuma linha espiritualista, seus toques são sempre cheios de galhardia e visam a espetar o raciocínio das pessoas com tiradas criativas e bem-humoradas.
O leitor mais atento (e despojado de “bitolas doutrinárias” de algum tipo), notará sérios questionamentos embutidos em suas brincadeiras. Muitas vezes, é brincando que se dizem as verdades mais sérias.
Em sua grande maioria, são poetas e muito bem-humorados. Segundo eles, seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável.
Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros “Companhia do Amor - A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2” - Edição independente - Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): http://www.ippb.org.br/textos/companhia-do-amor
Texto <1531><11/11/2016>