1564 - HÁ ALGO MAIS… UM AMOR, UMA LUZ. - CXXVIII*

1564 ha algo mais um amor uma luz cxxviii
 
 
HÁ ALGO MAIS… UM AMOR, UMA LUZ. – CXXVIII*
(Viajando Espiritualmente no Sutra da Compaixão)
 
Quando as pétalas da flor de lótus desabrocharam...
Eu vi as camadas do universo se abrirem.
E isso era em meu coração.
Veio uma Luz e permeou a tudo...
Eu ouvi uma canção que falava de um Grande Amor.
Era algo mais, sem dúvida.
Dentro do meu peito, a Terra girava...
E a humanidade toda estava ali.
A canção continuava... e falava de tomar refúgio no Buda.
Sim, Buda Saranam!**
Quietinho, eu percebi uma presença espiritual...
Senti os seus olhos interpenetrarem os meus olhos.
Então, pelo seu olhar, eu vi estrelas!
Também vi um orvalho sereno descendo sobre o mundo...
Que era dentro de mim.
Ah, era orvalho de compaixão silenciosa...
E vinha do Coração dos Budas e Bodhisattvas***.
Eu vi as gotinhas de Paz umedecendo a aura do mundo...
E isso era em minha própria aura.
Ah, os grandes olhos estavam em meu pequeno olhar...
E um Grande Amor passava por meu pequeno coração.
A canção continuava... e a Luz também!
E isso era Om Mani Padme Hum!****
 
P.S.:
Ah, Buda!
Eu não o sinto no Oriente.
Nem no Ocidente.
Eu o sinto no céu do meu coração.
Os Bodhisattvas estão cantando...
As gotinhas de Paz continuam descendo...
A compaixão está interpenetrando a miríades de seres sencientes...
E o seu olhar está cheio de estrelinhas.
E eu, aqui, cada vez menor diante desse Grande Amor...
Com o mundo dentro do meu peito, nas ondas da assistência espiritual.
Porque há algo mais... um Amor e uma Luz.
Eu continuo escutando a canção...
Pois a vida continua, sempre.
Ah, Buda!
Eu estou tão pequeno...
E mais não sei dizer*****.
(Om Mani Padme Hum!)
 
- Dedicado a um grupo de mentores extrafísicos ligados à atmosfera dos ensinamentos dos Budas e Bodhisattvas e que sempre me dão carona em seus trabalhos de assistência espiritual invisível e silenciosa a favor do Bem de todos os seres.
Foram eles que me sugeriram a seguinte prática de visualização criativa:
“Inicialmente, imagine o espaço sideral dentro do seu ventre…
Depois, um Sol de Amor (rosado) irradiando de dentro do seu peito.
E, finalmente, uma flor amarela brotando no topo de sua cabeça…
Essa é uma sugestão de visualização criativa, para relaxar sua mente.
Pratique e veja os efeitos salutares em você mesmo.
E compartilhe isso com os seus alunos.
É uma prática leve e muito prazerosa, boa e fácil de fazer.”
 
Paz e Luz.
E Gratidão.
 
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
São Paulo, 28 de abril de 2017.
 
- Notas:
* Esse texto fará parte do segundo volume do livro “Há Algo Mais... Um Amor, Uma Luz”.
Obs.: o primeiro volume do livro está disponibilizado para download gratuito no site do IPPB – www.ippb.org.br
** Saranam – do sânscrito – tomar refúgio no Divino; proteção sob os auspícios de um Ser Divino. Por exemplo: Buda Saranam; Jesus Saranam; Ganesha Saranam.
Há diversas canções hindus que evocam essa proteção superior, tendo como base justamente o mantra Saranam, o refúgio em algum Ser Divino.
*** Buda - do sânscrito - O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de “Buddhi”, que significa “Iluminação Pura” ou “Inteligência Pura”. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um Ser iluminado e desperto.
Obs.: Boddhisattvas – do sânscrito – são aqueles seres bondosos que estão perto de tornarem-se Budas ou Iluminados. Para facilitar a explicação, podemos dizer que eles são canais espirituais ou avatares conscientes do amor de todos os Budas.
**** Om Mani Padme Hum - do sânscrito - sua tradução literal é: "Salve a joia no lótus".
Esse é um mantra de evocação do bodhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses.
Om é a vibração universal.
Mani é a "Joia espiritual que mora no coração"; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina.
Padme (Lótus) é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa joia sutil.
Hum é essa vibração vertendo a Luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o "mantra da compaixão". É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito – como se a voz mental estivesse reverberando ali –, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.
O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis – condutos sutis de transporte energético pelo sistema –, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, "Teoria dos Chacras", lançado no Brasil pela Editora Pensamento.
***** Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som uma linda versão do Sutra do Coração, cantada pela vocalista chinesa Faye Wong. Então, para quem também quiser ouvir essa maravilha e se inspirar nas suas vibrações, deixo, na sequência, o link do Youtube.
Faye Wong – “Heart of Sutra” –
Obs.: Também deixo, na sequência, um texto antigo, que apresenta grandes correspondência com esses escritos de hoje.
 
O CANTO DO BODDHISATTVA*
 
Certa vez, Avalokitesvara, o Bodhisattva da compaixão andava pelos prados verdejantes do coração espiritual de um homem justo. Em dado instante, ele se sentou embaixo de uma árvore frondosa, filha do Amor que havia possuído aquele homem.
Então, o Senhor da compaixão cantou o mantra da libertação:
“Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum"... Om Mani Padme Hum!”
Acima, bem no meio do alto da cabeça do homem, brilhou o sol da consciência serena e desperta. Por ali, como se o seu chacra** da coroa se transformasse num alto falante interplanos, ecoou as vibrações do Avalokitesvara para as dez direções e para todos os seres.
Por todos os lugares onde chegava a vibração do mantra, correntes se partiram e muitas almas foram libertadas da prisão do ódio em si mesmas.
Por onde o mantra chegava, essas almas escutavam o som do perdão e das correntes se partindo, por obra e graça do Amor incondicional, que a ninguém jamais condena e a tudo compreende.
O Boddhisattva cantou no coração de um homem justo e as dez direções estremeceram com as ondas vertidas pela compaixão serena e silenciosa.
E até hoje é assim...
No coração dos justos habita o Boddhisattva da compaixão.
Ele inspira, canta e abraça os homens sofredores das dez direções.
No mundo, ninguém ouve a sua canção, mas ele continua silenciosamente partindo as correntes da dor...
Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum!”
 
P.S.:
Sentado embaixo da árvore, nos prados verdejantes do coração espiritual, o Boddhisattva emana o mantra da joia no lótus.
Ele tem um grande sonho:
"Libertar a alma da humanidade do jugo do egoísmo, sentar embaixo de todas as árvores e dizer: Sejam felizes!"
 
Paz e Luz.
E Gratidão.
 
- Wagner Borges – cada vez menor diante de um Grande Amor.
 
- Notas:
* Esses escritos foram realizados de improviso no quadro de aula do IPPB, logo após uma prática espiritual com as 150 pessoas presentes na palestra pública. Enquanto o lance rolava, percebi um dos mentores extrafísicos que prestava assistência espiritual por ali. Ele olhou-me e sorriu. E pelo seu olhar brilhante veio a inspiração para esses escritos.
Horas antes, ele havia aparecido em meu apartamento e sugerido um trabalho com as vibrações do mantra Om Mani Padme Hum para cura espiritual.
** Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete, que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.

Texto <1564><17/05/2017> 

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