A NOITE DE “SÃO GRAYS” (RELATO DE AVISTAMENTO UFOLÓGICO NUM FÔLEGO SÓ!)
Faz tempo, mas era em Angra dos Reis, e eu estava dentro da barraca procurando a bermuda, quando apareceu o Nereu gritando: "São Grays, São Grays", e eu primeiro pensei que ele estava tomado de algum êxtase religioso por algum santo, mas aí ele explicou nervoso que eram extraterrestres que tinham pego a Narinha, noiva dele, que também estava acampada conosco, e que tinha uma nave para lá das dunas, e que a gente tinha que salvá-la, a Narinha.
Daí, nós subimos a duna, e tinha muita lua e mais a lanterna dele, então lá de cima dava para ver aquele troço gigante. E nós descemos a duna, e a descida de bunda foi rápida que nem tobogã, e aí meio sem querer a gente estava ali de cara com a nave, enorme de tão prateada, com muitas luzes em volta, todas fraquinhas, de forte só uma luz vermelhona que ficava orbitando em volta do disco, porque a nave tinha forma de disco, mas não tinha porta nem nada, só janelinhas lá em cima, escuras por dentro, e nada de rodas, só umas perninhas dobradas, igual caranguejo, prontas para sair correndo atrás de nós. Aí eu disse que a Narinha estava sendo abduzida, e o Nereu abriu uns olhões maiores do que os dos Grays que eu imaginava estarem lá dentro, e eu tive que explicar o que queria dizer abduzido. Quando eu disse que a gente precisava agir com muito tato, ele concordou gravemente e atirou uma pedrona numa das janelas da nave, e aí eu disse não, não, melhor tentar gritar telepaticamente para eles. Aí nós dois ficamos dando voltas em redor da geringonça, as mãos na cabeça para ajudar na concentração, dando voltas em volta do disco, feito dois idiotas, mas lá dentro eles fingiam que não ouviam. Passou um tempão, e de repente, uma porta quadrada enrustida na fuselagem da nave se abriu, fez uma ponte até o chão, e saiu de lá a Narinha, que parecia legal, mas tinha um sorriso meio cínico estampado na face e um brilho tão estranho nos olhos, que depois o Nereu desmanchou o noivado, e hoje nos botecos todo mundo que preza a própria pele sabe que pode conversar sobre qualquer coisa com o Nereu, menos sobre disco voador e ETs.
- Benê -
Daí, nós subimos a duna, e tinha muita lua e mais a lanterna dele, então lá de cima dava para ver aquele troço gigante. E nós descemos a duna, e a descida de bunda foi rápida que nem tobogã, e aí meio sem querer a gente estava ali de cara com a nave, enorme de tão prateada, com muitas luzes em volta, todas fraquinhas, de forte só uma luz vermelhona que ficava orbitando em volta do disco, porque a nave tinha forma de disco, mas não tinha porta nem nada, só janelinhas lá em cima, escuras por dentro, e nada de rodas, só umas perninhas dobradas, igual caranguejo, prontas para sair correndo atrás de nós. Aí eu disse que a Narinha estava sendo abduzida, e o Nereu abriu uns olhões maiores do que os dos Grays que eu imaginava estarem lá dentro, e eu tive que explicar o que queria dizer abduzido. Quando eu disse que a gente precisava agir com muito tato, ele concordou gravemente e atirou uma pedrona numa das janelas da nave, e aí eu disse não, não, melhor tentar gritar telepaticamente para eles. Aí nós dois ficamos dando voltas em redor da geringonça, as mãos na cabeça para ajudar na concentração, dando voltas em volta do disco, feito dois idiotas, mas lá dentro eles fingiam que não ouviam. Passou um tempão, e de repente, uma porta quadrada enrustida na fuselagem da nave se abriu, fez uma ponte até o chão, e saiu de lá a Narinha, que parecia legal, mas tinha um sorriso meio cínico estampado na face e um brilho tão estranho nos olhos, que depois o Nereu desmanchou o noivado, e hoje nos botecos todo mundo que preza a própria pele sabe que pode conversar sobre qualquer coisa com o Nereu, menos sobre disco voador e ETs.
- Benê -