DO SONO À REALIDADE - por Maria D’Arienzo

- Por Maria D’Arienzo -
 
Que ousadia a minha pensar que podia voltar a brincar,
Brincar de sonhar...

Penduradas na minha mente
Estavam várias bolinhas de cristal,
Cada uma delas representando uma ilusão.

Feito sonâmbula na vida,
Via meus sonhos pendurados
Feito árvore de natal,
Vivendo uma vida bonita, mas que tinha ano, mês e dia
Para aquilo tudo terminar.

Voltando, então...

Certo dia acordei daquele sono,
Ou sonho?
Pensando que tudo podia mudar.

Nossa... puxa... Mas que ousadia a minha
Pensar que podia sair por aí feito Deus,
Ou quem sabe Deusa,
Sonhando com todo mundo que deseja o seu sonho realizar.

Disse um dia o doutor Pinel:
“Dormimos para realizar desejos, mas precisamos acordar para realizar sonhos."

Vocês acham que ele ficou louco?
Sabem que quase eu achei?

Mas de repente, quando naquele dia acordei,

Assim meio doida, pensando que para realizar eu precisava acordar,
Levantei sorrindo,
Dando risada mesmo... Da minha pieguice.

Deixei dormindo os filhos
E fui viver a vida pensando que era mesmo Deus.

Na tela mental surgiu à lembrança de um Ser:
Olhos brilhantes, coração pulsante.

Teria sido ele um sonho,
Mas que estranho...
Eu nada via.

Olhava para todos os lados, e só via minhas ilusões penduradas.
O feitor já me havia anunciado:
- Vai, corre, anda, o seu tempo é infinito, mas está acabando.

E aquele Ser... Ah, aquele olhar!

Distraída das bolas de ilusões penduradas,
Bati a cabeça e sofri uma grande queda.

Rompi o véu de seda que a encobria,
E como mágica de luz em dia de festa
Acordei desperta e com a consciência aberta.

Percebi que eu era mesmo Deus,
De corpo e alma presente na vida,
Pronta para viver na luz desta certeza.

E, feliz, deixei meu feitor ir embora,
E levar todas as ilusões que ele queria.

- Nota: Maria D’Arienzo é psicóloga transpessoal, astróloga e participante do grupo de estudos e assistência do IPPB. Além disso, é médium e faz diversos trabalhos com respiração holotrópica e estados alterados de consciência.

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