INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TELEPATIA - Parte III

(Folhas de Outono)

Por qual razão um treinamento adequado facilita que a maioria das pessoas vivencie uma experiência telepática indiscutível?

Quando estamos diante de um fenômeno não usual, temos duas opções:

A primeira opção é procurar alguém que dê uma explicação. Não é difícil encontrar alguém que, mesmo não tendo informação suficiente, se manifeste com um "acho que", formulando uma resposta lógica, até razoável, mas pouco provável. Essa é a postura das pessoas imaturas ao procurar alguém que, pela atitude ou função, pareça autoridade e faça afirmações que, geralmente, são de fundo religioso ou místico.

A segunda opção: Um místico esotérico é um religioso que vai investigar de modo científico, pois o esotérico não se contenta com as explicações místicas dos religiosos profissionais de uma religião ou seita. No caso em que ele perceba a falta de consistência daquele que tem a posição de mentor, procura quem possa orientar em uma investigação com apoio cientifico.

Um pragmático, ou rejeita de imediato, buscando argumentos que sustentem a rejeição, ou, se inteligente e com interesse, também vai investigar de modo científico.

A linha científica exige que, em primeiro lugar, haja muita observação do fenômeno em pauta. Exige que mais do que um observador colha os dados e as informações a respeito. Exige que os observadores troquem informações e impressões em busca de um consenso. Quando se observa com propriedade, é possível construir hipóteses razoáveis.

Uma hipótese é uma explicação que é apresentada como um juízo.

Um juízo é uma frase bem elaborada que expressa uma idéia, ou, um pensamento com clareza e precisão.

Muitas vezes surgem muitas hipóteses para um mesmo fenômeno, e a atitude correta é, numa introspecção, analisar cada uma delas e pensar qual delas seria a mais provável.

Tendo encontrado uma explicação que pareça ser a mais provável, é preciso testar. Os testes são práticos e obedecem alguns planos de ação. Desse modo, com a ação, procura-se repetir o fenômeno de maneira controlada. Se as tentativas práticas de repetição controlada tiverem sucesso, é porque a hipótese sugerida é correta. Nesse caso a hipótese comprovada passa a ser denominada teoria.

Portanto, uma teoria é uma explicação que é amparada pelos resultados práticos obtidos de modo controlado. Uma teoria pode encerrar várias hipóteses correlatas. Uma teoria é válida até o momento em que um novo fato venha a sugerir uma modificação do ponto de vista anterior.

A maneira como se faz a repetição controlada de um fenômeno na prática, denomina-se método de trabalho. Com o método aprimorado, podemos provocar o fenômeno de modo controlado quantas vezes desejarmos.

Uma vez que o método funciona, é possível aplicá-lo e fazer com que a maioria das pessoas vivencie o fenômeno de transmissão de informações de um cérebro para outro, seja perto ou à distância. A EFICÁCIA É A MEDIDA DA VERDADE.

Por que isso é possível para a maioria e não para todas as pessoas?

Porque somos todos semelhantes, mas não somos iguais! Os cérebros diferem em tamanho e em número de neurônios funcionais. Faz uma diferença a alimentação nos primeiros meses de vida, o tipo de atividade física da criança até os sete anos, o tipo de atividade mental até os onze anos. Faz diferença a estrutura psicológica da pessoa dos onze anos até a maturidade. A maturidade pode acontecer aos vinte e um anos, mas poderá acontecer aos 28 ou 30, ou... Nunca. Faz diferença a quantidade de micro-cristais de sílica (quartzo), nas células da Epífise (glândula pineal).

Uma das características da pessoa madura é ser lógica, racional, analítica e ter bom senso. É saber conviver com as incertezas sem tensões e ansiedades, ou mesmo medo. Uma pessoa madura distingue a diferença entre imaginação e fantasia, distingue o que é fé de uma crença. Sabe que a imaginação é criativa e construtiva. Sabe que fé é o que intuiu como certeza. Sabe que crença é a aceitação do que os outros digam que seja. A intuição mostra o caminho correto para que se obtenha o resultado prático. O resto é discussão teórica inútil que satisfaz a vaidade, e é a fantasia que leva a uma crença.

Um método de trabalho é estabelecido para uma maioria. Se ele funciona para 50% mais um já é valido dentro da relatividade de estruturas em uma amostra da população, principalmente quando se trata de atividade mental.

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