Viagens Fora do Corpo

(Entrevista Publicada na “Revista Universo Espírita” – Número 53 – Editora Universo Espírita – Ano de 2008)
 
O entrevistado do mês é Wagner Borges, pesquisador espiritualista.
Nascido no Rio de Janeiro, ele faz palestras e ministra cursos sobre viagens fora do corpo. Experimentando fenômenos de desdobramento desde a adolescêncAno de ia, necessitou encontrar respostas, numa busca que o conduziu a vários grupos e leituras.
Seu trabalho de pesquisa prosseguiu e as muitas observações, nascidas da sua própria experiência pessoal, oferecem contribuições importantes para o entendimento dos fenômenos anímicos e mediúnicos, construindo material bastante interessante para a ciência espírita.
Assim como aconteceu com os experimentos de Willian Crookes e Charles Richet, que também  não eram espíritas e deixaram importantes contribuições para o Espiritismo científico.
Colaborador de diversas revistas e comunicador da Rádio Mundial, Wagner dirige o Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, IPPB, onde há 20 anos faz palestras todas as sextas-feiras, à noite.
Durante alguns anos, Wagner participou do grupo espírita Fraternidade André Luiz, no Rio de Janeiro, cidade onde também trabalhou ao lado de Waldo Vieira, médium e ex-parceiro de Chico Xavier.
Sobre si mesmo, ele conta: “Trabalhei com o Waldo Vieira até 1988, mais ou menos, quando ele montou o Instituto de Projeciologia e, naquela época, a linha de estudo da gente começou a ficar diferente. Ficamos igual a Freud e Jung” (risos).
Ao mudar-se para São Paulo, pediram-lhe que continuasse a desenvolver seu trabalho de uma forma estruturada e assim ele fundou o IPPB.
Em clima de bate papo descontraído e bem humorado, Wagner conversou com os editores da revista: Paulo Henrique de Figueiredo, Ana Carolina Coutinho e Rita Foelker.
 
- Ana Carolina: Wagner, quando você começou a fazer viagens fora do corpo?
- Wagner Borges: Comecei aos 15 anos , de forma espontânea. Eu deitava para dormir, acordava paralisado, não conseguia mexer, aí eu me sentia desprendendo para fora do corpo. Ficava apavorado. Isso era década de 1970, e não tinha muita informação sobre o assunto. Então, eu catava um livro espírita que tinha um capítulo sobre saídas do corpo; um livro de Yoga... Não havia livro específico. Por um lado foi bom porque me permitiu ter uma visão universalista. Quase todas as tradições espiritualistas, seja do Oriente ou Ocidente, falavam daquilo, o que variava era abordagem, mas o fenômeno era o mesmo.
 
- Ana Carolina: Quando você saiu nas primeiras vezes o seu corpo demonstrava alguma reação física?
- Wagner Borges: Nada. Eu sentia inicialmente o seguinte: eu deitava e dormia e acordava de madrugada sem conseguir me mexer - a chamada catalepsia projetiva, que os neurologistas cismam em chamar de “paralisia noturna”. Aí, eu acordava paralisado, tentava abrir os olhos e não conseguia mexer nada. Tentava gritar para chamar os meus pais, não saía som nenhum. Aí, eu com 15 anos, pensei: “É agora, vou morrer!”.
Na hora que achei que estava morrendo, porque eu não conseguia sentir nada, eu me lembro que ergui o pensamento a Deus - mas me justificando: “Eu trabalho de dia, estudo a noite. Não fumo, e não bebo”.
Sabe, aquela coisa (risos)... E, então, na hora em que relaxei, que achei que era o momento da morte, que parei de tentar me mexer, eu tive o desprendimento.
E olhei meu corpo de fora!
Na noite seguinte, novamente acordei paralisado e pensei: “Ontem, quando parei de tentar me debater.... Vou deixar acontecer; se for a morte estou no lucro, afinal, era para eu ter morrido ontem” (risos).
Aí, novamente aconteceu, foi assim que eu descobri.
 
- Ana Carolina: É preciso ser médium para sair do corpo?
- Wagner Borges: Morte é saída do corpo também, só que definitiva. Se fosse só mediunidade, então só morreriam os médiuns. A saída é anímica, podendo ter um componente mediúnico quando entra em ação outra inteligência. Isso não é mediúnico, isso é anímico, independente de doutrina, sexo ou raça, apenas acontece com um ou outro de uma forma mais ou menos consciente, mas é uma capacidade de todas as pessoas.
 
- Ana Carolina: Qual a diferença entre essa saída consciente e a saída inconsciente?
- Rita Foelker: Saída inconsciente é aquela quando você dorme....
- Wagner Borges - O comum é você pensar que foi um sonho porque, na hora que você volta para o corpo, o cérebro tende a fazer uma leitura com o banco de dados que ele tem. Aqui (nesse plano), você não atravessa, não é? Então, na hora que você encaixa no corpo, seu cérebro joga duas, três imagens por cima.
Quando acorda, você pensa: “Caramba, o que foi que aconteceu? Parecia lógico e eu estava raciocinando igual aqui”. 
Então, no meio daquela confusão onírica você descobre alguns pontos e vê que aquilo é diferente de um sonho. Mas, ao contrário, se você entra no corpo e abre os olhos imediatamente, não há tempo do cérebro jogar as imagens, você lembra integralmente, não há dúvida...
 
- Rita Foelker: O que  você percebe nas viagens fora do corpo é sempre uma realidade espiritual ou pode ser fruto da sua imaginação?
- Wagner Borges: É um conjunto. Você pode sair e se ver aqui no meio ambiente terrestre, ou você pode se ver num meio ambiente que não é humano. E aí você vai ver que esses ambientes tem vários níveis, mais próximos do plano físico - e quando eu digo próximo não são em noção de espaço, mas por densidade -, e à medida que você vai passando para outros níveis, a questão da forma vai mudando.
Então você tem desde planos próximos, bem humanos, até ambientes que parecem plano espiritual puro, só a consciência. E, há também, quando se sai, a criação mental.
O cara cria uma realidade alternativa em volta dele, um casulo cheio de formas mentais. Várias vezes, dei passes em espíritos para romper esse casulo.
O casulo é uma espécie de autoilusão para não ver uma realidade de fora, uma verdade que não se aceita, então se cria uma realidade virtual pessoal.
 
- Ana Carolina: E para quem cria essa realidade, é possível distingui-la?
- Wagner Borges: Não, não é possível. Porque ele passa a acreditar que essa é a realidade e que outra coisa é que é a fantasia.
 
- Paulo Henrique:Bom, e também, se você pegar uma pessoa que tem a vida dupla e ela aprender a sair do corpo, ela vai sofrer muito.
- Wagner Borges: Ah! Com certeza.
 
 
- Paulo Henrique: Por que ela vai encontrar lá o quê? O sofrimento verdadeiro. Ou uma pessoa que persegue tem uma briga com um espírito, se ele sai do corpo, ele vai rever essa briga.
- Ana Carolina: Esse contato com os espíritos é uma questão interessante. Nessas viagens é possível verificar a idoneidade do Espírito?
- Wagner Borges: Sim, porque lá fora o cartão de visita da gente é a energia. E o que a energia faz? Ela reflete o que a gente pensa e o que a gente sente - aqui, o corpo é uma verdadeira máscara. E lá não há máscara, então não há como você enganar alguém.
Você pode parecer um príncipe ou uma princesa, mas se a sua energia for ruim... Muito espírito obsessor, mistificador, muda a aparência do corpo astral (perispírito) para enganar o médium, mas não consegue mudar o padrão de energia.
Passei por isso muitas vezes, não só saindo do corpo, mas como médium também. O problema é que as pessoas se deixam levar pela aparência, pela arrogância. A entidade muda a expressão e pega pelo ego: “Você é especial. Tem uma missão importante no mundo e ninguém lhe entende, porque você é especial”. 
Aí tem sempre alguém que pensa: “Eu sempre soube que eu era especial”.
E o engano, na verdade, ele não existe por causa dos espíritos, é por causa do ego das pessoas. Os espíritos obsessores são exploradores das nossas deficiências. Acham uma brechinha e vão por ela. Se aquela brecha não existisse, ele não entrava. E a culpa  sempre é da entidade, pois a pessoa nunca assume que ela tem a brecha por onde vem os obsessores, ela culpa o outro.
 
- Paulo Henrique: Para lidar com a espiritualidade é preciso entender os Espíritos...
- Wagner Borges: O que me ajudou muito ao longo dos anos a entender isso?: A mediunidade. Porque eu trabalhei muitos anos como médium de desobsessão. Isso me deu traquejo para lidar com o mundo espiritual. Aprendi muito com a mediunidade, pois se está em contato direto com um espírito. Se sente tudo o que ele sente, tudo o que ele pensa, então, quando comecei nas sessões de desobsessão, a primeira coisa que eu achei foi que aqueles espíritos precisavam de muito tratamento psicológico, porque o problema deles era a não aceitação da morte, ou de apego a família.
Eu notava que eles estavam, na verdade, querendo se autodescobrir também, igual a nós. Eu ficava danado nas sessões, porque notava que não havia essa abordagem psicológica. Eu falava para o pessoal: “Pôxa, se acoplou uma entidade, não fala que ela seja bem vinda em nome de Jesus. E se o cara é mulçumano? E se o cara é judeu desencarnado? Fala boa noite, não é?
O cara fala: Aceita uma prece? Não.
Então não faz. Não violenta o Espírito, mude a abordagem".
 
- Rita Foelker: E tem um outro aspecto também, de se esquecer de vibrar no sentimento...
- Paulo Henrique: Mas aí vamos somar duas coisas: o sentimento e a razão. Mas tem a terceira, que é abandonar qualquer postura de autoridade. Nós somos todos pequenos, tanto ele quanto eu. Aí, pronto, acabou qualquer problema em relacionamento.
- Wagner Borges: Exatamente. Você não pode ser melhor nem pior, precisa ser igual. A abordagem que eu fazia era com esse enfoque. Eu chegava e puxava algum papo, a ideia era essa:
 "Está acompanhando essa pessoa? E você odeia ela?”
"Eu odeio ela!".
"Então saia de perto dela; e se você a odeia, então é porque ela não presta; então dá o fora”. E mais: “cadê as pessoas que você ama?".
"Ah, não as vejo há um tempão". 
"Pois é. Você trocou as pessoas que ama por uma que odeia.
Você está fazendo um péssimo negócio.
Faz o seguinte, dá um tempinho, se afasta, vai ter uma equipe espiritual que vai  guiá-lo. De repente eles lhe guiam para quem você ama... e você segue um caminho novo e esquece essa pessoa".
Quer dizer, vai pelo lado da conversa, não pelo da autoridade, porque você não tem como doutrinar alguém. Qual o ser humano tem moral suficiente para chegar e moralizar o outro? Nenhum.
Todos temos defeitos. Então, é melhor chegar com uma abordagem mais humana, bem igual.
 
- Rita Foelker: Mas sabe o que acontece também? Às vezes, por insegurança, a pessoa lê um monte de livros e acha que precisa agir daquele jeito, porque, se sair daquele molde, a coisa não vai funcionar e acaba ficando difícil ser natural.
- Wagner Borges: Os Espíritos obsessores odeiam isso. Odeiam duas caras, falsidades. Você incorpora um personagem na reunião e, durante o dia, não é aquela pessoa. Então está como se você vestisse uma capa de santidade, que você não tem, pois é apenas um ser humano.
 
- Paulo Henrique: Uma vez, um espírito chegou para mim e perguntou:
“Já pensaram que vocês são os desencarnados daqui?”
Ou seja, somos os desencarnados, de onde ele está.
- Wagner Borges: É só inverter o raciocínio. Quando chega alguém e diz: “Olha, tenho só seis meses de vida, daqui a pouco eu vou embora”, e todo mundo: “Oh!”.
E quando você fala: “Eu vou ter um filho”; todo mundo: “Oh!”.
Do lado de lá é a mesma coisa. O cara chega e fala assim: "Vou encarnar, só tenho mais seis meses de vida" (risos). E, às vezes, assim: “Olha, sabe Fulano? Daqui a três meses ele estará de volta aqui no Astral, galera!", é uma festa.
Então é só mudar o parâmetro.
 
- Ana Carolina: Há algum perigo ou algo desagradável que possa acontecer ao sair fora do corpo?
- Wagner Borges: O que pode acontecer são ataques espirituais, psíquicos, de entidades que não estão bem. E isso já acontece na vigília. Por exemplo, tecnicamente falando, um espírito vai lhe dar um soco, vai quebrar o maxilar do seu corpo espiritual?
Não. Uma vez, fora do corpo, um espírito tentou me esganar, me segurou pelo pescoço, e eu comecei a rir. "Eu não respiro aqui, você quer o que?".
É o conhecimento.
Mas eles podem aplicar uma sugestão dessas em uma pessoa que não tem informação, e sabem não podem atacar assim, mas também sabem que a pessoa não sabe disso. Então, muito da obsessão vai na base da sugestão. Esse é o perigo.
 
- Paulo Henrique: Eu já refleti bastante sobre isso. O único perigo que você pode ter é a ignorância. Por que, quais são as consequências da ignorância?
Um espírito não consegue agir sobre o seu corpo, ele está no mundo espiritual e não tem contato com o nosso mundo físico. Esse é o primeiro ponto.
O segundo, é que um espírito não pode fazer mal para o seu corpo espiritual, ele só pode incitar você ao medo.
- Wagner Borges: Uma das coisas que eu sempre falei foi o seguinte: você sai do corpo e aparece um espírito desses, mal-intencionado. Você volta para o corpo e pensa: “Tá vendo, eu saí e ele veio; e veio porque eu saí".
Só que ele já estava por perto antes de você sair, e continua... Então a saída permite ver algo que você não via, e combatê-lo.
 
Paulo Henrique: Agora, vendo ou não, saindo ou não, como é que se lida com esses fenômenos? Conscientização, aprendizado e uma finalidade pra vida...
- Ana Carolina: Wagner, além dessas experiências que você está contando, houve viagens fora do corpo que foram mais significativas?
- Wagner Borges: Uma vez, eu tinha uns 25 anos, e acordei fora da Terra, no espaço sideral, com um guia extrafísico chinês do lado (e não me pergunte onde eu estava... Só sei que é impressionante o brilho das estrelas lá fora).
À distância, uma série de focos energéticos coloridos enormes, mas enormes mesmo! Por intuição, eu sabia que cada coisa de luz daquela era um ser desencarnado avançado de outros orbes.
Uma daquelas criaturas se destacou e veio, plasmado num diâmetro de uns 3 metros, mais ou menos, perto de mim e do chinês.
Quero dizer, você está de frente para um Espírito evoluído de outro lugar!
O sujeito “escaneou” minha mente e, num segundo, ele soube tudo de mim (de todas as minhas vidas). Qualquer pensamento meu escondido, ele sabia e, ao mesmo tempo, compreendia tudo.
Ele era serenidade, inteligência e amor, tudo num só. Pura compreensão.
De repente, me senti invadido por milhões de informações na minha mente, avançadíssimas. Mas, no mesmo instante em que elas entravam em minham mente, saiam; e eu não entendia nada.
Ele percebeu isso e, mentalmente, falou com o chinês: “Ele não está entendendo, vamos tentar novamente”.
Aí, novamente ele injetou na minha mente milhões de informações. E eu não conseguia entender... Tentou pela terceira vez.
E eu me sentindo como um garotinho que está aprendendo a tabuada e o pai dele o leva numa aula de álgebra avançada na universidade... Olha só a minha situação.
Três vezes ele tentou, mas eu não conseguia segurar as informações.
Aí, mentalmente, ele falou para o chinês. “Traga-o em outra oportunidade”.
Acho que o mentor chinês me vendeu como um bom viajante astral e eu fui o maior fiasco.
Senti um repuxão atrás e, num segundo, encaixei no meu corpo.
Sentei-me na cama - juro para vocês - e comecei a chorar, de raiva (risos).
Mas era raiva de mim mesmo, da minha impotência espiritual.
Como é que não consegui pegar nem um pouquinho?
Aí, apareceu o chinês ao meu lado e disse-me: “Não fique assim. Quando o levei para lá, já sabia que  você não entenderia nada”.
E eu disse, “então para que você me levou?”.
E ele complementou: “Para você saber que não sabe nada! Durante a sua vida inteira, quando você achar que seus estudos espirituais estão deixando-o diferente dos outros e você achar que é superior, lembre-se dessa experiência”.
 
- Rita Foelker: Qual a finalidade da viagem fora do corpo consciente?
- Wagner Borges: Sabe, uma coisa só que mudaria tudo? Assim, extrapolando, uma coisa bem hipotética: se todas as pessoas tivessem saídas conscientes  do corpo, não haveria assassinato na Terra (porque seria descoberto que não dá para matar nenhum cara, eliminaria só o corpo). E agora ele não dorme, está 24 horas por dia em cima da pessoa. Então, não haveria assassinato.
A segunda coisa, a saída do corpo mata o medo da morte.
Morte como conceito, mas não tira o medo de morrer.
Também tem a possibilidade de você aplicar passes em pessoas que não estão bem do lado de lá. E há o contato com seres espirituais avançados que podem abrir nossa consciência; tem universidades do lado de lá, coisas de estudo.
Então, vamos supor que o Bezerra de Menezes esteja dando uma palestra hoje, lá, em algum lugar; aí o seu mentor extrafísico vem e lhe tira do corpo, e o matricula na palestra e ainda e o leva para assistir a mesma.
Você volta para o corpo com aquele conhecimento e isso o melhora na vigília, porque muda a sua perspectiva de vida.
 
- Paulo Henrique: Você tem noção de quantas pessoas conseguem sair do corpo?
- Wagner Borges: A maioria não consegue porque tem outras coisas que entram em conta.  Por exemplo, o medo (que acelera o metabolismo).
A maioria das pessoas tem medo de espíritos e medo do invisível. Então, uma das coisas que procuro ensinar, junto com a parte da projeção astral, é a noção do mundo espiritual; para tirar, assim, o medo do sobrenatural, e deixar aquilo mais natural.
Outro medo é o da morte como conceito, essa é outra barreira com que a pessoa vai entrar em contato. E não é só o estudo, cada um tem seu jeito. Tem o cara que está com medo, o outro que é um devasso...
 
- Paulo Henrique: Um desequilíbrio aqui, é um desequilíbrio lá?
- Wagner Borges: É um desequilíbrio também lá. As pessoas são muito diferentes, e cada uma é de um jeito. A capacidade é de todo mundo. Agora, como desenvolvê-la para usufruir de uma forma criativa que melhore o ser humano?
 
- Rita Foelker: Que melhore em qual sentido?
- Wagner Borges: Na perda do medo da percepção de outros planos e numa melhor noção das leis de causa e efeito.
Você vê do lado de lá as pessoas que aprontam coisas aqui, e elas estão péssimas. E ninguém lhe falou, foi você que viu.
Então, você, por esse aspecto, corrobora o lado moral de diversas religiões, no sentido de fazer o bem... Aquilo que Jesus Cristo e Buda falavam.
E você comprova, não porque você leu um livro, mas porque viu... Aí, você substitui a crença pela observação direta.
 
- Rita Foelker: Acho muito legal você falar assim de Buda e Jesus. As pessoas perguntam para você qual é a sua religião? Você tem uma resposta para isso?
- Wagner Borges: Perguntam sim. Mas eu falo que sou um espírito; aí todo mundo fica chocado (risos).
 

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