Viagem Espiritual e Presenças Extrafísicas

Viagem Espiritual II grande progressivo
 
(Uma Entrevista com Wagner Borges Falando Sobre o seu Livro “Viagem Espiritual – Vol. 2”)
 
(Entrevistadora: Mônica Allan*)
 
- Mônica: Wagner, como nasceu a ideia de desenvolver um livro de projeção com tantas ilustrações?
 
- Wagner Borges: É que a maioria dos livros de projeção não tem muitas gravuras e nós queríamos um livro em que o leitor pudesse entender facilmente o que ele nunca viu, através de muitas ilustrações e textos explicativos.
Assim, a mecânica da projeção, o relacionamento com os amparadores extrafísicos e tudo que envolve o projetor fora do corpo, tanto espíritos grossos como bacanas, está reunido em um único livro.
E com uma abordagem que leva mais em conta a relação amparador-projetor, já que a maioria dos livros não fala a respeito disso e muitos pesquisadores têm evitado a parte espiritual. Trata-se de um erro, porque, ao sair do corpo, você vai encontrar espíritos e isso não significa que é Espiritismo ou tenha ligação com qualquer doutrina criada pelos homens da Terra. Significa apenas que os espíritos existem.
Neste aspecto, o livro está desmistificando e mostrando que a relação do projetor com os espíritos é muito forte e profunda e que isso não tem nada a ver com filosofia alguma.
 
- Mônica: Na sua opinião, a projeção não está separada da espiritualidade?
 
- Wagner Borges: Não. Uma coisa está misturada à outra. Ao sair do corpo, você passa para o plano espiritual, onde os espíritos vivem. Você está se misturando ao plano de manifestação deles. Então eles vêm e se misturam ao nosso plano, para ajudar. Não há como separar isso. O que se deve separar é a parte religiosa. Mas a relação dos seres humanos com os espíritos sempre existiu... e continuará existindo.
Afinal, o que é um espírito? É um ser humano desencarnado.
E o que é um ser humano? É um espírito reencarnado.
A turma desencarnada eventualmente irá reencarnar, e vice-versa.
Essa é a única diferença e, na minha opinião, essa separação que muitos pesquisadores querem fazer não tem razão de ser.
 
- Mônica: Wagner, por que as pessoas têm tanto medo de uma experiência fora do corpo? Será que boa parte delas não têm, na realidade, medo de se ver?
 
- Wagner Borges: Na verdade, são três coisas: o medo do desconhecido, que é algo básico. O segundo motivo é que, no passado, os ocultistas espalharam uma série de lendas para assustar as pessoas, afirmando que esse assunto era perigoso. Muita gente leu isso ou ouviu falar, mas não se esclareceu a respeito e nem se informou de que a projeção é um fenômeno absolutamente natural que acontece quando as pessoas dormem. E se é natural, é também saudável porque está de acordo com a vida.
E o terceiro motivo, praticamente inconsciente, é que as pessoas talvez tenham medo de se encarar fora do corpo, já que o psicossoma reflete tudo o que se pensa e ninguém pode esconder o que é. Nesse aspecto, as pessoas às vezes têm medo de verem elas mesmas num outro plano. O que é uma tolice, porque no dia em que desencarnarem, elas vão ter que enfrentar a si mesmas de qualquer jeito. Então é melhor começarem desde já, para ver se criam uma melhoria, uma nova postura de vida. Mas uma coisa é certa, a projeção liquida com o medo de morrer.
Quando se está fora do corpo, a gente se reconhece como uma entidade extracorpórea. Ao olhar o corpo deitado, você vê apenas uma casca vazia e sabe, então, que ele não é você.
 
- Mônica: Por esse aspecto, Wagner, o livro que vocês estão lançando pode trazer uma melhoria para a vida das pessoas, levando-as a uma vida mais consciente e integrada?
 
- Wagner Borges: A nossa intenção ao publicar um livro não é só dar uma noção geral do que é a projeção da consciência, mas sim melhorar a pessoa, fazendo com que ela questione a respeito de suas horas de sono, de onde se encontra a sua consciência durante esse tempo, que poderia ser aproveitado para se aprender algo.
Então, o objetivo do livro é tornar mais pessoas conscientes da importância de uma postura mental diferente, que direcione-as para algo positivo, dentro e fora do corpo.
 
- Mônica: No primeiro volume dessa série “Viagem Espiritual” tínhamos textos recebidos espiritualmente de sua equipe extrafísica. Qual é a influência dessa equipe neste novo lançamento?
 
- Wagner Borges: Da minha equipe não; é o contrário, eu é que sou da equipe deles. Este segundo volume é um trabalho que eu mesmo escrevi. Não é, portanto, um trabalho mediúnico, embora também tenha alguns com toda a inspiração deles junto. Inclusive, vários aspectos foram eles que me sugeriram, assim como também me influenciaram a fazer algumas mudanças.
 
- Mônica: E qual foi o critério usado para avaliar certos aspectos da projeção, e não outros?
 
- Wagner Borges: Os critérios foram dois: o meu próprio estudo em cima do tema, e a influência espiritual deles. Não se escreve um livro desses sozinho. Tanto eu para escrever, e a Glória para desenhar, fomos nos inspirando espiritualmente...
Este livro com tantas gravuras é uma novidade na área, e já estava planejado há muitos anos no plano espiritual. É algo programado pelos mentores extrafísicos para se materializar do lado de cá.
 
- Mônica: Quer dizer que todo o trabalho é realmente desenvolvido em equipe, não existe mesmo a separação da espiritualidade com a projeção?
 
- Wagner Borges: Não existe. Eu trabalho com essa equipe de mentores no plano extrafísico, quando saio do corpo, e também aqui, no plano físico, através da mediunidade. Eu não faço nada sozinho, o meu trabalho é guiado por eles... Mas isso não significa que eu não autonomia. Faço o que quero, mas é obvio que existe o “dedinho espiritual” deles em muitas coisas que faço.
A mesma coisa no que se refere a este livro, que eu mesmo escrevi como pesquisador do tema. Existe muito da minha experiência pessoal como projetor, e muito da vivência anímico-mediúnica junto de todos esses espíritos.
 
- Mônica: Você costuma dizer que cada noite é uma aventura para o projetor astral. Quais são as aventuras que os leitores poderão buscar a partir deste livro?
 
- Wagner Borges: Eu coloquei algumas técnicas no livro para as pessoas tentarem certas práticas. Mas o simples fato da leitura e da observação das gravuras já é uma potente sugestão que fica gravada na mente da pessoa e induz a uma experiência fora do corpo. Eu aconselharia a pessoa a ler antes de se deitar e a deixar o livro ao lado de sua cama todas as noite. A própria capa do livro já é uma sugestão visual muito importante.
 
- Mônica: Wagner, como é lançar um livro a respeito de algo que a maior parte das pessoas nem se lembra de vivenciar e a outra parte, mesmo quando informada, ainda tem medo?
 
- Wagner Borges: Isso é inevitável. Tem muita gente que naturalmente não vai entender este livro, por medo ou por falta de conhecimento mesmo, ou ainda por falta de maturidade da própria consciência para um assunto deste nível. Porém, muitos vão entender; e muita gente que está tendo experiências fora do corpo sem saber direito o que é, vai ler e compreender o que está acontecendo, deixando até o medo de lado.
O simples fato de descobrirem a projeção como um fenômeno natural faz com que esses leitores se sentam mais tranquilos. Assim eles terão certeza que isso não é loucura e, pelo contrário, pode levá-los a um desenvolvimento extremamente positivo.
 
- Mônica: Como a sua experiência inicial com a projeção, numa época em que a informação estava “oculta”, influenciou você a lançar este livro hoje?
 
- Wagner Borges: Eu tinha 15 anos quando comecei a ter projeções espontâneas. Era década de 1970 e não havia tantos livros e nem cursos a respeito desse assunto. Hoje, apesar da quantidade de obras publicadas, as pessoas comuns continuam sem acesso a esse tipo de informação. Então, este livro, que tem uma bibliografia específica sobre esse assunto, vai servir como uma espécie de guia para muita gente se aprofundar mais no estudo das saídas do corpo, já que existem muitos livros com uma linguagem técnica demais e longe de serem acessíveis ao povo, às pessoas de entendimento comum.
E o objetivo deste livro é trazer o assunto da projeção mais para perto dessas pessoas, para que elas também tenham uma chance de descobrir o potencial dentro delas. Caso contrário, esse estudo projetivo ficará elitista demais, só para um grupo de pesquisadores. A orientação espiritual que eu tenho é a de abrir esse assunto de uma maneira mais simples, correta, e sem nenhum artifício técnico, facilitando a informação e tornando o tema da projeção mais acessível a todos.
 
- Mônica: Wagner, por que você tem uma relação especial com a ilustração da capa do livro?
 
- Wagner Borges: A relação especial que eu tenho com o desenho da capa é que o amparador hindu que está ali flutuando é o Rama, um dos espíritos que me passou várias mensagens no primeiro volume da série “Viagem Espiritual”, e que a Glória desenhou sem saber quem era. E a mesma coisa aconteceu com o desenho da contracapa, uma comunidade extrafísica que a Glória fez, inspirada, e que existe mesmo. Isso tudo tem muito haver comigo, com a minha ligação pessoal com eles... Estou ligado com essa equipe de mentores extrafísicos.
É isso que faz a capa ser tão especial, já que as ilustrações do interior do livro retratam um trabalho que faço desde os 15 anos e, pela própria experiência, sei que tudo ali é importante.
 
- Mônica: O que mais você gostaria de falar para as pessoas a respeito da projeção, além de tudo que está no livro?
 
- Wagner Borges: O que eu gostaria de acrescentar é que as pessoas não devem buscar a projeção com leviandade nem como uma brincadeira espiritual. Esse assunto é muito sério e, na minha opinião, para a pessoa poder caminhar nisso e buscar uma projeção consciente, ela precisa ter sempre dois objetivos: buscar o conhecimento, com o dsicernimento que a ajude a amadurecer; e buscar ajudar os outros com esse conhecimento e as energias que foram captadas extracorporeamente.
Uma experiência fora do corpo sadia sempre pede por objetivos melhores e, por isso, as pessoas poderiam elevar os seus pensamentos para os amparadores ao se deitarem... E, dessa maneira, oferecerem-se para ajudar a outras criaturas.
Isto é,  servir a humanidade através da projeção, ou da maneira que for possível (através da emanação de pensamentos e sentimentos positivos).
As pessoas precisam tomar consciência que, ao ler um livro, o corpo mental delas vibra na frequência do que se está lendo. É isso que faz a leitura sobre a projeção e os temas espirituais ser fundamental, já que cria a conexão, mesmo inconsciente, com seres extrafísicos positivos. Dessa forma, eles conseguem passar uma intuição e até mesmo influenciar positivamente as pessoas para o crescimento espiritual e humano.
A relação entre o projetor e os amparadores, eu repito, é a coisa mais forte que existe na projeção. Sem espíritos, de que adiantaria você sair do corpo sem ter com quem se relacionar e interagir?
Os espíritos são parte integrante das vivências projetivas, mesmo que muitos pesquisadores tentem negar isso.
 
- Mônica: Wagner, depois desta “Viagem” que você e a Glória estão nos proporcionando, o que mais está a nossa espera?
 
- Wagner: O terceiro volume da série “Viagem Espiritual”. Na verdade, eu tenho mais quatro volumes que deverão ser lançados oportunamente.
 
- Mônica: Quer dizer que temos a frente uma longa viagem?
 
- Wagner Borges: Uma longa viagem até o sexto volume dessa série projetiva e espiritual. Na verdade, estes assuntos não são novidade. O que diferencia o nosso trabalho é a maneira como ele é abordado, com uma linguagem mais simples e moderna. Não há nenhum rótulo religioso nesse trabalho. Eu não pertenço a nenhuma linha espiritual e não quero rótulo nenhum.
Eu sou um espírito na senda da evolução e trabalho com tudo de bom que possa melhorar o lado espiritual do ser humano e que, por repercussão, melhore tambémn a sua manifestação material.
Não sou guru de ninguém. Sou um ser humano comum que almoça, janta e vai ao banheiro todos os dias. A única diferença é que tenho algumas capacidades parapsíquicas mais abertas do que a média das pessoas e vejo coisas que muitos ainda não veem. Por isso mesmo, tenho a responsabilidade espiritual de repassar tudo isso e expandir esse conhecimento para os outros.
 
- Mônica: Para que as próprias pessoas possam se desenvolver e tratar esse assunto com uma naturalidade maior?
 
- Wagner Borges: Exatamente. As pessoas devem tratar todos esses assuntos de maneira natural, porque eles não são sobrenaturais. Pelo contrário, eles pertencem à vida.
 
(Texto extraído do apêndice do livro “Viagem Espiritual – Vol. 2”, de autoria de Wagner Borges - que foi lançado orignalmente no ano de 1995.)**
 
- Notas:
* Mônica Allan - é a criadora da Oficina do Riso. Ex-redatora publicitária e aluna do Prof. Wagner Borges, descobriu o verdadeiro significado da comunicação estudando projeção astral e estados alterados de consciência.
Obs.: Para mais informações sobre o seu trabalho, favor ver sua coluna na seção da revista on line do site do IPPB, no seguinte link específico:
** Esse livro está sendo reeditado e será publicado em breve pela Editora Luz da Serra.
 

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